Águas do Brasil vencem leilão no Rio; chinesa Evergrande dá novo calote
Hoje comentamos a vitória da Águas do Brasil no leilão do último bloco da companhia de saneamento do Rio de Janeiro, a Cedae, e o novo calote da gigante chinesa do setor imobiliário Evergrande na última semana de dezembro.
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Confira a seguir a análise de Felipe Bevilacqua, analista e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e análises de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimentos. Este conteúdo é exclusivo para os assinantes do UOL.
Águas do Brasil vencem leilão de último bloco da Cedae
O leilão do bloco 3 da companhia de saneamento do Rio de Janeiro, a Cedae, foi arrematado pelo grupo Águas do Brasil, com uma oferta de R$ 2,2 bilhões, o que equivale a um ágio de 90% sobre o preço mínimo.
A vitória do grupo controlado pela família Beckhauser foi sobre a sua concorrente Aegea Saneamento, que foi a grande vencedora do leilão anterior, realizado em abril, no qual arrematou dois blocos. Pelo bloco 3, contudo, a companhia apresentou uma proposta de apenas R$ 1,57 bilhão, não se classificando para a etapa de viva-voz do leilão.
Vemos a notícia como positiva para o grupo Águas do Brasil, que, com a vitória, passa a ter o direito de operação na zona oeste do Rio de Janeiro e em mais 20 cidades que hoje são atendidas pela estatal.
Por outro lado, a Itaúsa (ITSA3/ITSA4), acionista da Aegea Saneamento, a qual possuía altas expectativas para arrematar o bloco, pode ter suas ações reagindo de acordo, mas com perda limitada.
A Águas do Brasil já possui presença bastante significativa no Rio de Janeiro, de modo que o arremate do bloco faz bastante sentido do ponto de vista estratégico. Neste sentido, das 15 operações vigentes da companhia, 11 estão no Rio de Janeiro.
Além disso, em nossa visão, essa presença é vantajosa para a empresa, já que um novo operador teria que interagir com a concessão já existente, algo mais natural para a companhia.
Evergrande fica inadimplente em outro pagamento de título
Gigante incorporadora chinesa, a Evergrande ficou inadimplente em mais um pagamento de título. Importante lembrar que no começo de dezembro a companhia também não efetuou o pagamento de US$ 19 bilhões que tinha um prazo de carência de 30 dias.
Além disso, a empresa chinesa tem mais de US$ 300 bilhões em passivos, e tenta juntar dinheiro com a venda de ativos e ações para reembolsar fornecedores e credores.
Dessa forma, acreditamos que a notícia seja marginalmente negativa para a companhia, a qual ainda enfrenta dificuldades para liquidar sua dívida bilionária.
No começo da última semana de dezembro, o mercado financeiro chinês se animou com a sinalização de Hui Ka Yan, presidente da Evergrande, que falou sobre a possível entrega de 39.000 novas propriedades em dezembro, em contraste com as 10.000 entregues nos últimos três meses.
A situação da Evergrande e de outras empresas imobiliárias chinesas, também bastante endividadas, afetou os mercados financeiros nos últimos meses, em meio aos temores de que os efeitos colaterais dessa crise se espalhassem para outros setores da economia global.
Sendo assim, a China tem tentado remediar os danos para tranquilizar os mercados e evitar um efeito contágio.
Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.
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