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Investimento Ao Vivo

Analistas da Levante contam tudo sobre o mercado no Investimento Ao Vivo, que acontece quinzenalmente, às terças.


ANÁLISE

O que a volta do carnê no Magazine Luiza significa para seus investimentos?

Magalu vai voltar a adotar o carnê? Veja como isso pode refletir no preço das ações da empresa - Divulgação
Magalu vai voltar a adotar o carnê? Veja como isso pode refletir no preço das ações da empresa Imagem: Divulgação

Colaboração para o UOL, em São Paulo

27/07/2022 04h00

Viralizou o vídeo em que Luiza Trajano, presidente do conselho do Magazine Luiza, fala que os clientes da empresa têm crédito pré-aprovado para compras no carnê. Será que a dificuldade de conseguir crédito vai trazer de volta o carnê, para compras parceladas?

O que isso significa para a economia e para seus investimentos foi o tema do programa Investimento Ao Vivo, da casa de análise Levante Ideias de Investimento, em parceria com o UOL, na terça-feira (19).

Luís Nuin, analista da Levante, diz que a volta do carnê é uma forma de a empresa se defender de momentos adversos. "Isso é reflexo do ambiente econômico que estamos vivendo", declara.

Assista ao programa completo e confira toda a análise feita pelos especialistas (Luís Nuin e Enrico Cozzolino, head de análise da Levante). Eles também responderam a perguntas sobre investimentos. O Investimento Ao Vivo é transmitido quinzenalmente na página inicial do UOL, UOL Economia e UOL Investimentos, e fica disponível para quem quiser se aprofundar nos temas.

Carnê é ruim para consumidor, bom para quem investe

Nuin diz que o carnê traz embutido juros de 6% a 9% ao mês, enquanto a taxa Selic está hoje em 13,25% ao ano. Para Nuin, o carnê volta a ser relevante para quem investe em empresas de varejo, já que o crédito pode continuar trazendo vendas.

Mas existe risco. "A empresa acaba tomando maior risco" de inadimplência, ou não pagamento das parcelas, o que pode ser ruim para as finanças. As ações do Magalu estão se recuperando desde o início de julho. Veja o porquê aqui.

Magazine Luiza é tech?

Enrico Cozzolino, head de análise da Levante, diz que há dois anos o Magazine Luiza era avaliado como uma empresa de tecnologia também, e não só de varejo, e isso refletia no preço das ações da companhia.

"Isso justificou o preço da ação lá para cima. Dois anos depois, a gente vê a companhia adotando de novo o carnê. Nada tech essa aplicação do carnê no mundo digital. E isso faz os preços das ações serem corrigidos", diz. Assim, as ações caíram.

Por isso, antes de comprar o que uma empresa diz sobre si mesma e investir na ação, a pessoa precisa verificar se isso corresponde à realidade. "É avaliar o quanto as empresas estão ou não inseridas, de fato, no ambiente de tecnologia e se valem o quanto estão precificadas no momento", afirma.

Crédito para a pessoa certa pode significar juros menores

Hoje, com as tecnologias disponíveis, as empresas podem conhecer melhor os seus clientes. As empresas poderiam usar isso a seu favor e conceder crédito mais assertivo e minimizar a probabilidade de não pagamento, o que iria se refletir em taxas menores.

"Mas, infelizmente, vivemos no país em que a pessoa tem que olhar se a parcela cabe no seu orçamento do mês. Então, ela não se preocupa se vai pagar duas ou três vezes aquele produto", afirma Nuin.

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Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.