IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Investimentos

Investimento Ao Vivo

Analistas da Levante contam tudo sobre o mercado no Investimento Ao Vivo, que acontece quinzenalmente, às terças.


ANÁLISE

O que a volta do carnê no Magazine Luiza significa para seus investimentos?

Magalu vai voltar a adotar o carnê? Veja como isso pode refletir no preço das ações da empresa - Divulgação
Magalu vai voltar a adotar o carnê? Veja como isso pode refletir no preço das ações da empresa Imagem: Divulgação

Colaboração para o UOL, em São Paulo

27/07/2022 04h00

Viralizou o vídeo em que Luiza Trajano, presidente do conselho do Magazine Luiza, fala que os clientes da empresa têm crédito pré-aprovado para compras no carnê. Será que a dificuldade de conseguir crédito vai trazer de volta o carnê, para compras parceladas?

O que isso significa para a economia e para seus investimentos foi o tema do programa Investimento Ao Vivo, da casa de análise Levante Ideias de Investimento, em parceria com o UOL, na terça-feira (19).

Luís Nuin, analista da Levante, diz que a volta do carnê é uma forma de a empresa se defender de momentos adversos. "Isso é reflexo do ambiente econômico que estamos vivendo", declara.

Assista ao programa completo e confira toda a análise feita pelos especialistas (Luís Nuin e Enrico Cozzolino, head de análise da Levante). Eles também responderam a perguntas sobre investimentos. O Investimento Ao Vivo é transmitido quinzenalmente na página inicial do UOL, UOL Economia e UOL Investimentos, e fica disponível para quem quiser se aprofundar nos temas.

Carnê é ruim para consumidor, bom para quem investe

Nuin diz que o carnê traz embutido juros de 6% a 9% ao mês, enquanto a taxa Selic está hoje em 13,25% ao ano. Para Nuin, o carnê volta a ser relevante para quem investe em empresas de varejo, já que o crédito pode continuar trazendo vendas.

Mas existe risco. "A empresa acaba tomando maior risco" de inadimplência, ou não pagamento das parcelas, o que pode ser ruim para as finanças. As ações do Magalu estão se recuperando desde o início de julho. Veja o porquê aqui.

Magazine Luiza é tech?

Enrico Cozzolino, head de análise da Levante, diz que há dois anos o Magazine Luiza era avaliado como uma empresa de tecnologia também, e não só de varejo, e isso refletia no preço das ações da companhia.

"Isso justificou o preço da ação lá para cima. Dois anos depois, a gente vê a companhia adotando de novo o carnê. Nada tech essa aplicação do carnê no mundo digital. E isso faz os preços das ações serem corrigidos", diz. Assim, as ações caíram.

Por isso, antes de comprar o que uma empresa diz sobre si mesma e investir na ação, a pessoa precisa verificar se isso corresponde à realidade. "É avaliar o quanto as empresas estão ou não inseridas, de fato, no ambiente de tecnologia e se valem o quanto estão precificadas no momento", afirma.

Crédito para a pessoa certa pode significar juros menores

Hoje, com as tecnologias disponíveis, as empresas podem conhecer melhor os seus clientes. As empresas poderiam usar isso a seu favor e conceder crédito mais assertivo e minimizar a probabilidade de não pagamento, o que iria se refletir em taxas menores.

"Mas, infelizmente, vivemos no país em que a pessoa tem que olhar se a parcela cabe no seu orçamento do mês. Então, ela não se preocupa se vai pagar duas ou três vezes aquele produto", afirma Nuin.

Queremos falar com você

Acompanhe também os boletins diários preparados por Rafael Bevilacqua, com análises do cenário macroeconômico e do noticiário corporativo. Você recebe esse boletim todos os dias, antes da abertura do mercado, para começar o dia com as informações das quais precisa. Ainda não recebe os emails? Inscreva-se aqui na newsletter de investimentos do UOL.

Tem alguma dúvida sobre algum investimento? Pode enviar para: duvidasparceiro@uol.com.br

Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.