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ANÁLISE

Lucro do BB supera o de Itaú e Bradesco no 2º tri e deve impulsionar ações

Alexandre Moreira/Brazil Photo Press
Imagem: Alexandre Moreira/Brazil Photo Press

Rafael Bevilacqua

12/08/2022 09h31

Na noite de quarta-feira (10), o Banco do Brasil (BBAS3) divulgou seu resultado referente ao segundo trimestre de 2022, com números extremamente fortes em termos de crescimento de lucro líquido e retorno sobre patrimônio líquido (ROE), além da contenção de despesas.

Confira a seguir o comentário de Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento, sobre o tema. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e avaliações de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimento. Este conteúdo é acessível para os assinantes do UOL. O UOL tem uma área exclusiva para quem quer investir seu dinheiro de maneira segura e lucrar mais do que com a poupança. Conheça!

O banco apresentou um lucro líquido ajustado de R$ 7,8 bilhões no período, superando os resultados de Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4), que lucraram R$ 7,6 bilhões e R$ 7 bilhões, respectivamente. O resultado veio acima das expectativas, e representou um crescimento de 54% com relação ao segundo trimestre de 2021.

A margem financeira líquida do banco, ou seja, a diferença entre as receitas obtidas com operações de crédito e os juros pagos na captação de recursos, totalizou R$ 11,4 bilhões, o que equivale a um crescimento de 23,1% na comparação anual.

Além disso, a carteira de crédito ampliada do banco cresceu 19,9% com relação ao segundo trimestre de 2021, chegando a R$ 919,5 bilhões. Quebrando esse número em segmentos, as carteiras de Pessoa Jurídica, Pessoa Física e Agronegócio fecharam o trimestre em R$ 336,8 bilhões (+4,9%), R$ 274,5 bilhões (+2,1%) e R$ 262 (+2,9%), respectivamente. Outros R$ 46,1 bilhões dizem respeito à carteira externa do banco.

Em paralelo, a inadimplência acima de 90 dias fechou o trimestre em 2,0%, uma ligeira adição de 0,1 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, variação dentro do normal.

O retorno sobre patrimônio líquido médio (ROAE) - indicador que serve para medir a lucratividade da empresa, e que quanto mais alto, melhor - foi de 20,6% no trimestre, 2,5 pontos percentuais acima do trimestre anterior e 6,1 pontos percentuais acima do mesmo período do ano passado.

Outro destaque positivo foram as receitas de prestação de serviços, com crescimento de 4,3% no trimestre para R$ 7,8 bilhões. Por fim, as despesas operacionais totais diminuíram 0,1% no trimestre, somando R$ 14,2 bilhões.

O banco vem entregando resultados interessantes nos últimos trimestres, sabendo operar bem sua carteira de crédito de bastante qualidade, com alta representatividade de segmentos com índices mais reduzidos de inadimplência, PJ e Agronegócio, sendo uma boa escolha para um eventual cenário macroeconômico de aceleração de inadimplência nas camadas mais bases da pirâmide. Além disso, ele está colhendo os bons frutos dos ótimos resultados das suas investidas, Cielo e BB Seguridade.

O banco anunciou a distribuição de R$ 571,3 milhões em dividendos e R$ 1,628 bilhão em Juros sobre Capital Próprio (JCP), relativos ao segundo trimestre de 2022. Dessa forma, esperamos impacto fortemente positivo nas ações da companhia no curto prazo.

As ações do Banco do Brasil fecharam em alta de 4,43% na quinta-feira (11), cotadas a R$ 41,74.

Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.