Tesouro Direto: opção de investimento para sair da poupança
Em setembro a taxa Selic subiu pela quinta vez saltando de 5,25% para 6,25% ao ano. E a expectativa é de que esse movimento de alta não pare nesse patamar.
Haverá mais duas datas de definição do Copom em 2021 (nos dias 27/10 e 08/12) e a projeção de elevação da taxa de juros continua. Segundo o Boletim Focus, a expectativa do mercado é de que a taxa Selic chegue a 8,25% ao ano até o final de 2021.
O grande fator que desencadeou o quadro de sucessivas altas da taxa básica de juros do nosso país é a inflação.
A inflação (IPCA) projetada pelo mercado para 2021 é de 8,51% ao ano, segundo dados do último Boletim Focus, divulgado na segunda (5).
O brasileiro e sua relação com a poupança
Segundo dados do Raio-X do investidor, pesquisa realizada pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), os brasileiros estão mais conscientes e a poupança, que durante anos está no ranking dos investimentos preferidos do investidor, já demonstra recuo na preferência.
A pesquisa mostra que em 2019, 37% dos investidores aplicavam na poupança. Em 2020, esse número caiu 8 pontos percentuais, ficando na casa dos 29%.
A razão para isso ter ocorrido é que os brasileiros, diante do cenário de juros de 2% ao ano em 2020, passaram a olhar com mais atenção para suas aplicações.
E, como no atual cenário a poupança rende 70% da Selic, os investidores começaram a se inteirar sobre alternativas de investimento mais rentáveis e que se encaixem melhor em termos de objetivo, rentabilidade, segurança e horizonte de tempo para realizar seus investimentos.
A opção de investimento que tem chamado a atenção dos brasileiros é o Tesouro Direto, que se destaca como uma boa alternativa para o investidor sair da poupança em busca de melhor rentabilidade para seus projetos de curto, médio e longo prazo.
O que é o Tesouro Direto e quais são as opções disponíveis?
O Tesouro Direto é um programa criado pelo Tesouro Nacional para a venda de títulos públicos para o pequeno investidor. Os títulos são considerados os investimentos mais seguros do país, pois são 100% garantidos pelo Tesouro Nacional.
Ao investir nos títulos públicos, você está emprestando dinheiro para o governo federal promover melhorias no país. E, em troca, você recebe os juros, que podem ser pagos semestralmente ou somente no vencimento.
Existem 5 tipos de títulos do Tesouro Direto
Tesouro Selic: investimento pós-fixado que acompanha o desempenho da taxa Selic, a taxa básica de juros da nossa economia.
Tesouro Prefixado: a rentabilidade é fixada em um valor percentual. Assim, você conhecerá a rentabilidade antes de adquirir o título.
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais: você recebe o rendimento em forma de "cupons". Em vez de receber todos os rendimentos na data de vencimento, os pagamentos ocorrem antecipadamente, a cada seis meses, já que cada título tem uma data fixa para o pagamento.
Tesouro IPCA+: a rentabilidade desse título está atrelada à inflação (IPCA). Assim, esse título oferece rendimento real, corrigido pela variação da inflação e mais uma taxa prefixada de juros.
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais: a rentabilidade desses títulos está atrelada à inflação, ou seja, ao índice IPCA. Eles oferecem um rendimento corrigido pela inflação mais uma taxa de juros prefixada. O investidor também recebe o rendimento em "cupons" antecipadamente. Ao invés de receber todos os rendimentos no vencimento do título, os pagamentos ocorrem a cada seis meses.
Quais são os diferenciais do Tesouro Direto?
Rentabilidade: todas as opções disponíveis apresentam rentabilidade maior do que a poupança, mas fique atento ao horizonte de tempo da sua aplicação, pois resgates antecipados no Tesouro IPCA e Prefixado podem levar a oscilações negativas na rentabilidade.
Opções acessíveis de investimento: você pode aplicar em um título com aproximadamente R$ 30.
Liquidez diária: é possível solicitar o resgate do Tesouro Direto a qualquer momento. O próprio Tesouro Nacional faz a recompra dos títulos. As vendas até às 13h são creditadas no dia e, após esse horário, no próximo dia útil.
Segurança no pagamento dos rendimentos: o Tesouro Direto não conta com a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Créditos), mas conta com a garantia de pagamento do emissor mais seguro do Brasil, que é o Governo Federal.
Fique atento ao horizonte de tempo da sua aplicação
Ao analisar os investimentos disponíveis no Tesouro Direto, é importante avaliar também a sua necessidade quanto ao horizonte de tempo que você pretende ficar com o dinheiro aplicado, pois os títulos têm prazo de vencimento que chegam até 2055.
Há a possibilidade de ocorrer variações negativas sobre o valor investido, caso o resgate seja solicitado antes do vencimento do título, no caso do Tesouro IPCA e Prefixado. Isso porque os títulos têm o que chamamos de marcação a mercado.
Se o seu horizonte de tempo é de curto prazo para uma reserva de emergência, o Tesouro Selic é a opção mais recomendada, pois acompanha o rendimento da taxa Selic e não costuma sofrer oscilações na ocasião de resgates.
Ficou em dúvida sobre qual o investimento do Tesouro Direto mais adequado para realizar seus objetivos?
O Tesouro lançou um orientador financeiro que ajudará você a encontrar o título mais adequado de acordo com as suas necessidades, projetos de vida e horizonte de tempo desejado.
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