Juros do Tesouro são pagos por semestre ou só no fim; o que é melhor?
Os títulos do Tesouro Direto estão cada vez mais populares entre os brasileiros. Com a crescente alta da taxa Selic e as fortes oscilações dos investimentos em renda variável, a renda fixa volta a atrair os investidores —e nesse contexto, os títulos públicos ganham cada vez mais espaço na carteira de quem busca mais segurança.
Considerado o investimento mais seguro do país —por contar com a garantia de pagamento do governo—, os títulos do tesouro são acessíveis a todos os bolsos, com pouco mais de R$ 30 já é possível comprar um título.
Veja quais são os tipos de título do Tesouro Direto disponíveis, e se vale mais a pena investir em títulos com juros semestrais ou juros no vencimento.
Tipos de título do Tesouro Direto
Atualmente, o Tesouro Nacional oferece três tipos de título. São eles:
- Tesouro Selic: a rentabilidade acompanha a taxa de juros oficial do país (a taxa Selic). O rendimento é diário e mesmo tendo uma data de vencimento, é possível retirar o dinheiro a qualquer momento sem prejuízo;
- Tesouro Prefixado: a taxa de juros já é combinada antes e o investidor sabe exatamente quanto vai ganhar no vencimento do título;
- Tesouro IPCA +: tem uma taxa híbrida, ou seja, no vencimento do título o investidor vai receber uma parte da rentabilidade prefixa, que já é combinada na data da compra, e a outra parte pela variação da inflação.
Juros semestrais ou no vencimento: o que vale mais a pena?
Os títulos Tesouro IPCA+ e Tesouro Prefixado também oferecem o pagamento dos juros semestrais. Assim, o investidor não precisa esperar até a data do vencimento para receber os rendimentos. Mas poucas pessoas sabem se vale mais a pena investir em títulos com juros semestrais ou juros no vencimento.
Pagamento de juros no vencimento
Nos títulos com pagamento dos juros no vencimento, o investidor recebe todo o rendimento acumulado mais o dinheiro aplicado, de uma única vez. Nessa opção o capital acumulado no final tende a ser maior, porque o dinheiro conta com o benefício dos juros sobre juros ao longo do tempo.
Outro benefício é no Imposto de Renda. Sobre o rendimento acumulado, incide o Imposto de Renda de acordo com a tabela de renda fixa. Então, quanto mais tempo o dinheiro ficar investido, menor é o percentual de imposto cobrado.
Portanto, esses títulos são mais vantajosos para o investidor que pode deixar o dinheiro aplicado até o prazo de vencimento e não precisa de dinheiro nesse período.
Pagamento de juros semestrais
Já nos títulos de Tesouro Direto com juros semestrais, o investidor recebe a cada seis meses os rendimentos acumulados, e no vencimento, o dinheiro inicial.
Essa opção é ideal para quem precisa complementar a renda, ou para o investidor que tem algum compromisso com o dinheiro e não pode esperar até o vencimento para receber os juros.
A desvantagem é pagar mais Imposto de Renda. Sobre os rendimentos do primeiro ano, o percentual de imposto será maior, inicia em 22% nos primeiros seis meses, e com o passar do tempo, esse percentual vai diminuindo, chegando a 15% a partir de dois anos.
Com isso, o valor total acumulado também tende a ser menor.
O mais importante é o investidor avaliar qual opção melhor atende suas necessidades em relação a prazo e objetivos.
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