IPCA
0,83 Mai.2024
Topo

ANÁLISE

Conhece a nova criptomoeda Pepe? Veja risco de investir em memecoins

WorldSpectrum/ Pixabay
Imagem: WorldSpectrum/ Pixabay

Nicolas Meireles Nogueira

04/05/2023 04h00

As "memecoins", ou criptomoedas "meme", como o token Pepe (PEPE), continuam se proliferando e atraindo adeptos que estão em busca de fortuna fácil. Contudo, elas podem apresentar riscos sérios aos investidores (ou apostadores) que aportam capital nestes ativos sem conhecer os seus detalhes.

Está interessado em conhecer mais sobre o universo das memecoins e entender o risco por trás deste tipo de investimento? Vem com a gente!

Dogecoin lançou uma tendência de mercado

A Dogecoin (DOGE) é uma criptomoeda lançada em 2013 em "homenagem" à raça canina Shiba Inu. O ativo foi criado como uma sátira ao entusiasmo das pessoas em relação às criptomoedas naquela época e acabou ganhando tração ao longo dos anos —hoje, ela é uma das dez maiores criptos do mercado.

Apesar de ter sido concebida como uma piada, a Doge utiliza uma tecnologia semelhante à do Bitcoin (BTC) e Litecoin (LTC) e permite transações extremamente rápidas e baratas. Por isso, ela é utilizada para gorjetas em redes sociais como Reddit e Twitter.

Mais recentemente, a Dogecoin explodiu em popularidade após ser adotada pelo bilionário Elon Musk, que é usuário ativo do Twitter e a menciona com frequência nas suas postagens. Com isso, o valor da moeda disparou, em 2021, para US$ 0,73 —muito acima do preço atual, que gira em torno dos US$ 0,07.

Memecoins se espelham no sucesso da Doge

Com o crescimento da Dogecoin, diversas outras criptomoedas semelhantes foram criadas nos últimos anos para atrair investidores que estão procurando retornos rápidos e fáceis, como é o caso da Shiba Inu (SHIBA), Floki (FLOKI) e Dogelon Mars (ELON).

Agora, o "fenômeno" da vez é o token Pepe. Foi lançado há duas semanas e baseado em uma piada popular das redes sociais, um sapo verde.

A moeda valorizou quase 250% nos últimos sete dias e superou os US$ 350 milhões em valor de mercado, o que a coloca como um dos maiores criptoativos da atualidade.

Nas redes sociais, os desenvolvedores do Pepe (@pepecoineth no Twitter) apostam em publicações engraçadas para atrair interesse no ativo. Por outro lado, o token não tem utilidade alguma, a não ser fomentar a entrada de novos interessados na sua potencial valorização.

Qual é o problema de investir em memecoins?

Ao contrário do Bitcoin, que foi criado como meio de pagamentos, e da rede Ethereum (ETH), plataforma de contratos inteligentes, a maioria das memecoins não tem propósito; em outras palavras, elas servem apenas para especulação.

A especulação financeira, por si só, não é um problema. Porém, há outros sinais de alerta que costumam ser ignorados pela maioria das pessoas que investem nestes ativos, como:

Emissão ilimitada: O BTC tem emissão limitada a 21 milhões de unidades; as memecoins, por sua vez, costumam não ter limites (ou limites altíssimos) de emissão, o que pode reduzir o valor dos tokens com o passar do tempo.

Distribuição desigual: Alguns projetos de memecoins deixam grande parte dos tokens nas mãos dos criadores e dos seus conhecidos. Caso eles decidam vender suas moedas, é possível que o mercado fique inundado de tokens, o que dilui o seu valor.

Regras obscuras: O protocolo do Pepe, por exemplo, permite ao seu criador bloquear qualquer investidor, o que pode ser utilizado para fins escusos.

Ausência de função: A maioria das memecoins não tem um propósito claro e tem valor apenas porque são fomentadas por uma comunidade de investidores.

Volatilidade elevada: Por serem alvos de especuladores, as memecoins podem sofrer com alta volatilidade, o que pode pegar investidores de surpresa e causar prejuízos.

Devido a todos estes fatores, é importante tomar cuidado com as memecoins e investir apenas o que não fizer falta na hora de pagar as contas.

Quer se aprofundar no universo dos criptoativos? Acompanhe os artigos do PagBank PagSeguro no UOL Economia!

O UOL Economia é de propriedade do Universo Online S.A., sociedade que controla as empresas do Grupo UOL. O Grupo UOL tem em sua composição empresas que exercem atividades reguladas no setor financeiro. Apesar de o Grupo UOL estar sob controle comum, os executivos responsáveis pelo Banco Seguro S.A. são totalmente independentes e as notícias, matérias e opiniões veiculadas no portal tem como único objetivo fornecer ao público elementos a título educacional e informativo sobre o mercado e produtos financeiros, sendo baseadas em dados de conhecimento público na data de sua divulgação, conforme fontes devidamente indicadas, e condições mercadológicas externas ao Grupo UOL que podem ser alteradas a qualquer momento, mas sem constituir qualquer tipo de relatório de análise, recomendação, oferta ou solicitação de compra e/ou venda de qualquer produto.

Especialistas em finanças ajudam você a poupar e a escapar de erros comuns para quem quer construir um patrimônio. Tenha informações que auxiliam você a tomar decisões sobre investimentos e aproveite melhor as oportunidades disponíveis no mercado