Dólar continua em alta; veja como investir a partir de R$ 20
Resumo da notícia
- Dólar subiu 29,3% em 2020 e, mesmo após valorização ante real, segue em alta em 2021
- Aplicador pode começar a investir em dólar com R$ 20, mas precisa ficar atento aos riscos
- Profissionais citam aplicações em dólar que podem ser feitas com pouco dinheiro
O dólar comercial subiu 29,3% em 2020 e, mesmo após essa forte valorização ante o real, segue em alta em 2021, com uma variação até agora de 6%. Esse movimento atrai a atenção de quem quer começar a aplicar na moeda norte-americana, mesmo aqueles com pouco dinheiro disponível.
A pessoa pode começar com menos de R$ 10, comprando um dólar. O problema é que a maior parte das casas de câmbio não vende apenas um dólar por transação. E essa forma de investir não é das mais seguras - tem o risco de roubo, além da possibilidade de adquirir notas falsas. Mais seguro é buscar no mercado brasileiro alternativas acessíveis, começando com R$ 20.
Antes de listar as alternativas de como investir em dólar, profissionais de mercado fazem questão de alertar para os riscos desse negócio. Principalmente porque, da mesma forma que tem subido, a moeda americana pode desabar.
Investimentos em dólar não devem fazer parte jamais, por exemplo, daquela fatia da reserva de emergência.
Renan Lima, consultor financeiro da Planejar
Quando vale a pena investir em dólar
- Proteção para gastos futuros: Dólar faz mais sentido para quem vai ter despesas em moeda estrangeira no futuro. Assim, a pessoa fica protegida das oscilações.
- Diversificação: Para quem não tem nenhum tipo de despesa em dólar no radar, investir em moeda estrangeira pode ser uma forma de diversificar os investimentos.
Os Estados Unidos têm uma economia mais dinâmica e costumam sair de crises mais rapidamente que outros países, inclusive em relação ao Brasil. Esse é um dos motivos pelos quais devemos ter um dólar forte por algum tempo.
Rodrigo Franchini, sócio da assessoria de investimentos Monte Bravo
Alguns investimentos ligados ao dólar
Fundos de investimento cambial: É possível aplicar nesses fundos, que colocam até 80% do patrimônio em ativos relacionados à moeda americana. As aplicações iniciais não são tão baixas, como as dos fundos DI que aceitam a partir de R$ 1,00. Mas com R$ 100 dá para entrar em alguns fundos cambiais mais acessíveis.
É cobrado Imposto de Renda quando há lucro na operação, via tabela regressiva. E há ainda o come-cotas e mais a taxa de administração.
Ações de empresas americanas: É possível comprar ações de empresas americanas aqui na Bolsa brasileira por meio dos BDRs (Brazilian Depositary Receipts). Funciona da mesma forma que comprar ações brasileiras. Como a maior parte dos BDRs têm preço elevado, a Bolsa tornou mais acessível esse investimento, com o mercado fracionário. A partir de R$ 50, a pessoa consegue comprar um BDR de um banco americano, por exemplo.
Para investir, é preciso abrir conta em uma corretora e, por meio dela, negociar compra e venda. Tem de pagar taxa de corretagem para cada ordem de compra ou venda, que varia de acordo com a corretora. O Imposto de Renda é de 15% sobre o lucro, pago com Darf.
Minicontratos de dólar futuro: É possível comprar esses contratos na Bolsa, por meio de uma corretora, a partir de R$ 20. É uma opção para quem quer se proteger da variação da moeda americana. O aplicador faz uma aposta para uma determinada cotação que o dólar pode atingir no futuro —em um mês, dois meses etc. Há o risco de o aplicador perder a aposta e, consequentemente, a aplicação. O pagamento de IR não é na fonte, mas por Darf.
ETF (Exchange Traded Fund): Os ETFs são fundos que investem em índices de ações de Bolsas no exterior, como o S&P 500, da Bolsa de Nova York. As cotas desse tipo de fundo são negociadas aqui, na Bolsa brasileira, como se fossem ações. É necessário abrir uma conta em corretora no Brasil para comprar e vender ETFs, que recebem aplicações a partir de R$ 100. Ao vender as cotas de ETFs de renda variável, a pessoa paga Imposto de Renda com alíquota de 15% sobre o ganho de capital via Darf.
O investidor deve olhar a aplicação no exterior como investimento de longo prazo, um dinheiro que ele não vai precisar usar com urgência
Lucas Collazo, analista de fundos da Rico Investimentos
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