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3 investimentos que ajudam a economia do país e rendem mais que a poupança

Colaboração para o UOL, em São Paulo

27/07/2021 04h00

Você sabia que uma boa parte do dinheiro que os bancos emprestam aos compradores de imóveis vem da poupança? Mais da metade dos recursos que o brasileiro deixa parado na caderneta tem como destino obrigatório o financiamento da casa própria, o que ajuda a movimentar a economia.

"Mas para o investidor não é bom [deixar o dinheiro na poupança]", afirmou Ilana Bobrow, sócia-fundadora da casa de investimentos Vitreo, durante o encontro do Guia do Investidor UOL, série de eventos gratuitos e quinzenais do UOL, para quem quer aprender a cuidar do próprio dinheiro. A executiva diz que é possível contribuir com a economia aplicando em outros investimentos mais rentáveis. Veja abaixo quais são.

Poupança é primeiro passo, mas não deve ser o único

Além de financiar um setor importante da economia, a poupança também é considerada um estágio inicial para quem quer investir, mas o produto financeiro não deve ser o único passo dos investidores, segundo Amanda Dias, jornalista, orientadora financeira e criadora do Grana Preta, que também esteve no encontro.

Ela disse que a poupança é válida para fomentar a cultura de guardar dinheiro, mas que deve ser substituída por opções mais rentáveis à medida que o investidor vai tendo mais acesso a educação financeira.

Hoje, a poupança rende 70% da taxa básica de juros, a Selic —que está em 4,25% ao ano. Além disso, a caderneta só rende no aniversário, ou seja, a cada 30 dias.

"Você também vai continuar poupando dinheiro, porque só o investimento não vai dar conta de tudo", afirmou a orientadora financeira.

"Quando a gente coloca investimento na perspectiva de que é algo que vai melhorar a vida das pessoas, há de fato uma transformação na vida delas", disse Amanda.

Investimentos rentáveis que também ajudam a economia

1. Ação do setor imobiliário

Comprar um papel como esse é uma forma de investir em uma empresa que gera emprego e ajuda a economia a crescer, sendo portanto uma opção mais rentável que a poupança.

Há fundos imobiliários, por exemplo, cujo rendimento em dividendos está acima dos 10%.

"Mas é um nível de risco diferente, pois o investidor vai estar em uma ou mais empresas, que são da iniciativa privada, e não do setor como um todo", disse a sócia da Vitreo.

É importante lembrar que o investimento em ações é indicado para investidores com perfil de maior risco.

2. LCI e CRI

Para os mais conservadores, que estão dando os primeiros passos fora da poupança, pode ser mais indicado investir na renda fixa, que tem títulos como LCIs (Letras de Créditos Imobiliários) e CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários).

Esses papéis são atrelados a imóveis e créditos imobiliários, portanto também ajudam a aquecer o setor. Além disso, são considerados seguros e, assim como a poupança, são isentos de Imposto de Renda.

Os retornos são mais vantajosos do que a caderneta, mas o investidor precisa estar atento sobre o prazo do investimento, para saber quando pode resgatar o dinheiro.

Há LCIs que pagam a inflação mais 3,7% ao ano, e que garantem um rendimento real, embora um pouco mais arriscadas, a LCIs prefixados que rendem 9,10% ao ano. Além disso, esse tipo de ativo conta com a proteção do FGC (Fundos Garantir de Créditos).

No caso dos CRIs, há opções que pagam a inflação mais 4,6% ao ano ou mesmo que pagam 110% do CDI. No caso dos CRIs, porém, os aportes iniciais costumam ser altos, acima dos R$ 1.000, e os prazos longos. O ativo ainda não conta com a proteção do FGC.

"Se você põe dinheiro na Bolsa, você compra participação em uma empresa que está investindo. Se compra uma LCI, está dando recurso para alguma iniciativa do mercado imobiliário. Mas a gente deveria encontrar mais caminhos que fossem bons para os dois lados, para o investidor e para a economia", disse Ilana Bobrow.

Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.

O Guia do Investidor UOL é uma série de eventos quinzenais e gratuitos que apresenta todos os passos para quem quer aprender a investir e entender melhor sobre o mercado financeiro. Veja as histórias inspiradoras e dicas de especialistas para multiplicar o seu dinheiro