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Com ajuda do dólar, ela ganhou 60% a mais na Bolsa dos EUA em 10 meses

Laís Costa, analista de investimentos da Empiricus, começou a investir na Bolsa dos EUA - Divulgação
Laís Costa, analista de investimentos da Empiricus, começou a investir na Bolsa dos EUA Imagem: Divulgação

Raphael Coraccini

Colaboração para o UOL, em São Paulo

12/09/2021 04h00

Quando começou a trabalhar no mercado financeiro nos Estados Unidos, Laís Costa, analista de investimentos da Empiricus, separou US$ 400 do seu primeiro salário para investir na Bolsa norte-americana, em junho de 2018. Depois de 10 meses, ela havia conquistado uma rentabilidade média de 8% em dólar —um rendimento de 60% considerando o câmbio da época.

"Só na Vale o meu retorno médio foi cerca de 25% (em dólar). Sem dúvida, a Vale era a posição mais importante da carteira", diz. Além dos resultados da empresa brasileira e do câmbio, ela foi favorecida em grande medida pela ascensão da Apple, que registrou rentabilidade de 20% naquele período.

Laís Costa é uma das convidados do próximo Guia do Investidor UOL, que vai mostrar como montar uma carteira lucrativa com investimentos conservadores. O evento é gratuito e você pode se inscrever no cadastro abaixo.

Ela começou a ganhar dinheiro na faculdade

Laís conta que não teria vendido as ações se não fossem algumas restrições. A XP, onde trabalhava, estava para abrir capital na Bolsa dos EUA e, por conta disso, os funcionários da empresa ficariam proibidos pelas autoridades norte-americanas de manter suas posições.

"Tive sorte de não ter que realizar prejuízo em nenhuma posição, por enquanto. Todos os investimentos deram lucro desde então e eu não tive nenhum investimento em que eu tenha perdido dinheiro", afirma a especialista.

Laís começou a investir nos Estados Unidos, mas ela começou a ganhar dinheiro ainda no Brasil, na faculdade. Aos 17 anos, ele estudava em Pato Branco, interior do Paraná, onde fez Engenharia na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).

Nesse período, ela recebia um auxílio de R$ 300 da família, que era de Minas Gerais. Além desse suporte, a estudante começou a se virar para fazer mais dinheiro: deu aulas de música e matemática para fazer uma renda extra e juntar dinheiro para estudar fora do país.

Dinheiro brasileiro, rentabilidade norte-americana

Ela conseguiu juntar o equivalente a US$ 1.000, que levou aos Estados Unidos depois que ganhou uma bolsa do extinto programa Ciência sem Fronteiras, para fazer parte da graduação nos Estados Unidos.

Laís usou os US$ 1.000 para investir em títulos de empresas brasileiras vendidos no exterior, que têm rendido a ela cerca de 11% ao ano com posições importantes de Banco do Brasil e Vale na carteira.

Laís estudava e trabalhava nos Estados Unidos e passou alguns semestres entre a Universidade do Tennessee e o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) antes de voltar ao Brasil para se formar, em 2015.

Depois de formada, Laís voltou aos EUA para trabalhar no mercado financeiro. No país, ela trabalhou no Itaú Asset, em Nova York, e na XP, onde aperfeiçoou seus conhecimentos sobre investimentos.

Fé no dólar

De volta ao Brasil pela última vez há quatro meses, Laís diz que, no país, investe basicamente em fundos de fundos.

Seja em investimentos locais ou internacionais, a carteira dela está dividida da seguinte maneira: 40% em ações, 25% em renda fixa, mais 25% em fundos alternativos — como fundos de criptomoedas e imobiliários, além de algo até 10% em commodities.

A maior parte do seu dinheiro está investida em aplicações atreladas ao dólar. Hoje, 90% dos investimentos é em moeda norte-americana.

"Uma coisa que eu não abro mão, independentemente do ciclo econômico, é o dólar. O brasileiro tem um percentual muito pequeno, e eu acho muito importante esse tipo de investimento pelo histórico inflacionário do Brasil, que leva à depreciação da moeda (real) no longo prazo", afirma.

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