Quer investir em fundos imobiliários? Veja por qual começar
O investimento em fundos imobiliários pode ser a porta de entrada para quem deseja começar a se arriscar mais nos investimentos. Segundo especialistas, isso é explicado por duas razões: o perfil do brasileiro, que enxerga o imóvel como um investimento (mesmo quando nem sempre ele é); e a possibilidade de ter uma renda extra a partir dos aluguéis pagos pelos fundos.
"O brasileiro já tem esse histórico de investir em imóvel, então, você está diminuindo um pouco essa barreira de entrada [no mercado de investimentos]", afirma Camila Almeida, sócia-fundadora da Habitat Capital Partners. Ao lado de Fabrizio Gueratto, especialista em investimentos e criador do canal 1Bilhão Educação Financeira, ela participou do Guia do Investidor UOL, série de eventos quinzenais e gratuitos do UOL. No evento, os especialistas contaram como começar a investir em FIIs e por qual fundo começar. Leia abaixo.
Facilidade para dar os primeiros passos
Um dos fatores que fazem do fundo imobiliário uma opção acessível no mercado de é o valor inicial de investimento, que pode ser de R$ 10 por cota.
"É um dos motivos para a popularização deste tipo de fundo, porque tem essa questão histórica, e o fato de ter uma renda mensal, que agrada muito o perfil do brasileiro", afirma Camila Almeida.
Para Fabrizio Gueratto, ainda que seja um investimento popular e de fácil acesso, é preciso que o investidor estude para entender o mercado.
"Hoje, a gente vê muito investidor que acabou de começar a investir e acha que sabe mais do que realmente sabe. Tem uma curva, que é o quanto a gente acha que sabe, e o quanto a gente sabe de verdade", diz.
Por qual fundo imobiliário começar?
Para Camila Almeida, a orientação para os iniciantes é começar pelos fundos de fundos —tipo de fundo que tem uma diversidade de fundos dentro dele.
"Na hora em que você vai começar, é difícil saber qual fundo está navegando melhor naquele momento de mercado, e o que faz sentido ou não. Então, ao começar com um fundo de fundos, você está delegando isso [a gestores especializados]", diz.
A dica é seguida por Gueratto, que acrescenta também os ETFs (fundos de índices negociados em Bolsa), como uma opção interessante. "Eu começaria por estes dois até entender melhor como analisar outras coisas e escolher um fundo", diz.
O especialista destaca que, aos poucos, os investidores devem avaliar quem é o gestor, qual a taxa de administração cobrada pelos investimentos e o valor patrimonial daquele fundo.
Dessa forma, complementa Almeida, é possível compreender, aos poucos, o posicionamento e as movimentações dos gestores, o que pode contribuir para o maior embasamento para decisões futuras.
"O relatório de fundo imobiliário tem muita informação. Então, é possível acompanhar", diz a especialista.
Vale apostar em um único fundo?
Os especialistas são unânimes ao dizer que a melhor estratégia, seja na compra de fundos imobiliários ou mesmo na compra de outros ativos de renda variável, como o mercado de ações ou de fundos multimercado, é sempre optar pela diversificação do patrimônio.
Nesse sentido, Camila Almeida destaca que os fundos imobiliários estão expostos a riscos diferentes, que levam em conta o momento econômico do país. "Na pandemia, os fundos de shoppings sofreram, mas os fundos de logística estavam indo super bem", afirma.
Além disso, quando o investidor escolhe por um único tipo de fundo — como educação, shoppings ou escolas — ou um fundo específico, ele fica mais vulnerável à possibilidade de vacância daquele imóvel —ou seja, de o imóvel não ter inquilinos.
"Quando você está pulverizado, esse risco é mitigado. É bem importante buscar diversificação não só em fundos, mas em tipos de fundos", diz a especialista.
Para Gueratto, uma boa indicação é ter quatro fundos, entre eles fundos de fundos.
"Eu colocaria quatro fundos descorrelacionados. Não adianta ter quatro fundos de shoppings ou quatro fundos de logística, é preciso fazer a diversificação dentro da diversificação", afirma o especialista.
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Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.
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