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Bolsa: veja ações que mais subiram e as que mais recuaram em 2021

Veja listas de maiores altas e maiores baixas entre ações que fazem parte do Ibovespa - Getty Images/iStockphoto
Veja listas de maiores altas e maiores baixas entre ações que fazem parte do Ibovespa Imagem: Getty Images/iStockphoto

João José Oliveira

Do UOL, em São Paulo

30/12/2021 19h22

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira B3, teve a primeira queda anual desde 2015, em um ano marcado pela volatilidade dos mercados em meio às preocupações dos investidores com os gastos do governo, ao aumento da inflação e à subida dos juros pelo Banco Central. Essa combinação de fatores prejudicou o desempenho da grande maioria das ações negociadas na B3, mas algumas empresas conseguiram escapar das perdas.

Na lista das vencedoras e perdedoras da Bolsa em 2021, em levantamento feito pela empresa de informações financeiras Economatica com as ações que fazem parte do Ibovespa, o ranking dos maiores ganhos é dominado pelas exportadoras, enquanto o ranking das desvalorizações é formado em sua maioria por companhias que dependem do consumo doméstico. Veja abaixo.

No levantamento feito pela empresa de informações financeiras Economatica entraram apenas as ações que fazem parte do Ibovespa, considerando a variação no ano ajustado pelos proventos. Confira.

10 maiores altas:

  1. Embraer: +180,45%
  2. Braskem: +176,29%
  3. JBS: +75,75%
  4. Marfrig: +73,04%
  5. Petrorio: +47,24%
  6. Petrobras ON: +30,37%
  7. Meliuz: +29,66%
  8. Gerdau: +25,32%
  9. Gerdau Met.: +23,69%
  10. Petrobras PN: 23,51

Maiores baixas:

  1. Magazine Luiza: -71,04%
  2. Via: -67,51%
  3. Pão de Açúcar: -62,77%
  4. Americanas: -58,23%
  5. Eztec: -51,71%
  6. Natura: -51,56%
  7. IRB Brasil: -50,86%
  8. Qualicorp: -47,71%
  9. Cogna: -46,87%
  10. Ecorodovias: - 45,25%

Exportadoras e produtoras de matérias primas sobem

As empresas que têm parte relevante do negócio dependente da economia internacional porque vendem para o exterior se beneficiaram da alta do dólar e de uma economia global mais aquecida que a brasileira.

Isso vale para os casos da fabricante de aviões Embraer, que voltou a ganhar atenção dos investidores depois do tombo sofrido quando teve a compra do controle pela Boeing cancelada, para as empresas dos setores de petróleo e petroquímica, como Petrobras, Petrorio e Braskem, e para outras vendedoras para o exterior, como a produtora de carnes Marfrig ou para a siderúrgicas e metalúrgica da Gerdau.

Em vista da recuperação da commodity, as ações do setor siderúrgico e mineração lideram a ponta positiva do índice brasileiro, com os investidores já de olho no rumo do minério de ferro no começo do ano que vem, na esperança de detalhes sobre os planos da China para apoiar a economia e ressabiados com a possibilidade de novas restrições de produção de aço em vista às Olímpiadas de Inverno, em fevereiro.
Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora

Empresas que dependem da economia local recuaram

Já as empresas cujas vendas são mais ligadas à demanda doméstica tiveram um desempenho predominantemente negativo em 2021. A inflação mais forte desde 2003, a subida acelerada dos juros e o desemprego elevado criaram um quadro adverso para os setores de varejo, imobiliário e mesmo financeiro.

Além disso, a estimativa de que o avanço do PIB (Produto Interno Bruto) do país ano que vem desacelere e fique perto de zero, com risco até de fechar o calendário com variação negativa, reduz o potencial de ganhos desses setores também em 2022.

Algumas empresas de tecnologia e de comércio digital que vinham se valorizando também foram pegas no contrapé com a alta dos juros e com as preocupações com a inflação.
Rafael Antunes, sócio da Inove Investimentos

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