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Onde investir R$ 1.000 por mês: veja as melhores opções para cada perfil

Fernando Barbosa

Colaboração para o UOL, em São Paulo

07/04/2022 04h00

Ao aplicar uma parcela da renda todo mês, o investidor pode tirar do papel sonhos como uma viagem, a compra de um carro ou da casa própria, ou ainda, fazer um curso de pós-graduação. Mas onde investir R$ 1.000 por mês para transformar os desejos em realidade?

Para ajudar quem está começando no universo dos investimentos, o UOL conversou com especialistas sobre as melhores opções para cada perfil. Um spoiler: organização e um bom planejamento são fundamentais. Confira as dicas e quais são os investimentos recomendados.

Avaliar tempo de retorno dos investimentos

O sócio da Nexgen Capital, Marcos Moreira, declara que, antes de mais nada, é interessante identificar se o retorno estipulado deve acontecer no curto, médio ou longo prazo. Ao entender o processo, a pessoa pode pensar no seu perfil específico de investidor: conservador, moderado ou arrojado.

Outro aspecto importante é refletir em como estruturar uma reserva de emergência. Normalmente, a reserva contempla recursos que possam cobrir os gastos daquela família no curto prazo; isto é, em um período entre 6 a 12 meses.

"Se ele for um profissional liberal, é preciso uma reserva de emergência maior. Caso seja um profissional do setor público, esse montante pode ser reduzido", diz Moreira.

A assessora de investimentos da SVN Investimentos, Virgínia Cácerez, concorda. Ela afirma que a reserva deve ser alocada em ativos de alta liquidez —ou seja, opções em que o resgate do recurso aconteça de forma imediata.

Investimentos para a reserva de emergência

As modalidades de investimentos para a reserva de emergência se estendem a quem possui um perfil conservador. Alguns exemplos são: fundos de investimento indexados pelo CDI e o Tesouro Selic, além de fundos DI ou CDBs (Certificados de Depósito Bancário).

Na opinião da educadora financeira da Ativa Investimentos, Bia Moraes, quem está começando agora deve avaliar mais a constância dos aportes.

"É isso o que vai definir que esse investidor tenha um grande montante no futuro. Vale mais pensar no aporte mensal e não deixar de investir, do que onde alocar esse dinheiro", declara Bia.

Mais riscos para médio e longo prazo

Para quem busca o retorno no médio prazo, é possível incluir tanto o Tesouro Selic quanto os CDBs que contemplem a inflação do período, além de fundos de investimento. Entretanto, o que muda é o prazo para o acesso ao patrimônio, que deve ser entre dois e cinco anos.

Qualquer projeto de vida que essa pessoa tenha entra na caixinha de médio prazo, o que permite que ela tenha mais ousadia para as aplicações.
Virgínia Cácerez, assessora da SVN Investimentos

Para isso, há opções de fundos de investimentos no mercado por a partir de R$ 50. No caso do Tesouro Direto, o investidor encontra opções entre R$ 31 a R$ 115.

Na opinião da educadora financeira Bia Moraes, os R$ 1.000 podem ser alocados em fundos de investimentos. "O investidor estaria começando já de forma diversificada", diz.

Assim como os demais especialistas, a educadora da Ativa Investimentos também declara que as alocações mais indicadas para o perfil conservador são os fundos de renda fixa.

Já os investidores mais moderados podem avaliar os fundos de multimercado. Para quem tem uma tendência mais agressiva, Bia diz que os fundos de ações representam uma boa saída.

"Para quem está começando agora, vale pensar na constância dos aportes. É isso que vai definir que lá na frente esse investidor tenha um grande montante. Vale mais pensar no aporte mensal (e não deixar de investir) do que [pensar] onde alocar esse dinheiro", afirma Bia.

Com o objetivo facilitar a vida de quem está começando no universo do mercado financeiro, o economista e fundador da Inside Research, Lucas Pit, divide da seguinte maneira a alocação do patrimônio: investimentos em renda fixa devem contemplar a grande parte da carteira de quem é conservador.

A divisão pode ser entre metade na renda fixa e metade em fundos imobiliário para as pessoas com perfil moderado. No caso daqueles com perfil mais arrojado, a divisão pode ser 25% em renda fixa, 25% em fundo imobiliário e 50% em ações, por exemplo.

Dentro de ações, pode ser metade em BDRs [certificados que representam ações de empresas de Bolsas estrangeiras oferecidos na B3], para a exposição em dólar, e metade em ações na Bolsa brasileira. Em teoria, quanto maior o aporte, mais diversificado entre os setores da economia o investidor deve estar.
Lucas Pit, economista e fundador da Inside Research

Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.