IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Ações da Méliuz, empresa de cashback, derretem 5%; veja se vale investir

Reprodução
Imagem: Reprodução

Lílian Cunha

Colaboração para o UOL, em São Paulo

06/06/2022 15h46

Grande parte das varejistas que estão listadas na Bolsa de Valores brasileira (B3) apresentam desvalorização nesta segunda-feira (6). A queda mais acentuada é a da empresa de cashback Méliuz (CASH3), com desvalorização de 5,00%, a R$ 1,71 por volta das 15h (horário de Brasília).

Também, no mesmo horário, caíam outras empresas de comércio, como Magazine Luiza (MGLU3), com baixa de 3,9% (a R$ 3,45) e Via (VIIA3), recuando 3,83% (a R$ 3,01).

Veja abaixo o motivo da queda nas ações do varejo e se vale a pena comprar papéis da Méliuz (CASH3), de acordo com os especialistas consultados pelo UOL — uma vez que estão descontados (baratos).

De acordo com os analistas, o principal motivo da baixa das ações de varejistas hoje, principalmente da Méliuz (CASH3), é a pesquisa Focus, do Banco Central. Ela apontou que o mercado espera que o índice de inflação oficial do País (IPCA) suba para 8,89% ao ano. Na última pesquisa Focus, em 2 de maio, o mercado tinha uma expectativa menos ruim para a inflação, de 7,89% ao ano.

Em relação à taxa básica da economia, a expectativa dos economistas para a taxa básica de juros, a Selic, é de 13,25% ao final de 2022, mesmo patamar divulgado no último levantamento.

A Méliuz (CASH3) sofre com a alta da inflação, pois é uma empresa de cupons de desconto para lojas online. Basicamente, a companhia funciona como se fosse uma revendedora das lojas que estão na internet. Portanto, recebe uma comissão de vendas das lojas e divide o valor com o consumidor, em forma de cashback, com a expectativa de que a pessoa volte a consumir no site para aproveitar o cupom.

E o que fazer com as ações da Méliuz (CASH3)?

O BTG recomenda compra de ações CASH3, apostando na valorização do papel e estimando um preço-alvo de R$ 4,20.

A XP Investimentos diz que a compra ainda é uma boa e acredita numa alta do preço até R$ 8. Para a corretora, a Méliuz é uma ferramenta de atração de clientes muito usada em tempos de dinheiro curto e disputa pelo consumidor. Ainda, afirma que risco de desvalorização da Méliuz é a falta de concorrência.

"O mercado de comércio eletrônico brasileiro está relativamente concentrado em cinco grandes empresas e isso é uma ameaça ao negócio de cashback", diz a XP, em relatório aos investidores.

Com um possível cenário de diminuição da concorrência, há menor poder de barganha para o cliente e, consequentemente, as promoções e descontos são menos atraentes — o que prejudica os negócios da Méliuz.

Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.