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Ações do Magazine Luiza caem após prejuízo; o que fazer?

Lílian Cunha

Colaboração para o UOL, em São Paulo

16/05/2023 17h21

O Magazine Luiza (MGLU3) teve prejuízo de R$ 391,2 milhões no primeiro trimestre de 2023. É uma perda 142,5% maior que nos mesmos meses de 2022.

As ações da varejista caíam 16,21%, para R$ 3,67, repercutindo o quinto prejuízo trimestral consecutivo. Foi a maior perda que a empresa já teve nos meses de janeiro, fevereiro e março desde que a companhia entrou para a Bolsa de Valores de São Paulo, em 2011.

O que aconteceu com o Magalu

A perda veio mesmo com aumento de vendas. O volume bruto de mercadorias (GMV) total aumentou 10% em relação ao ano anterior. O GMV leva em conta o número de mercadorias vendidas - e não seu valor.

Já a receita líquida consolidada subiu bem pouco. A entrada de dinheiro por todos os canais de venda - ficou em R$ 9,1 bilhões, 3,5% a mais em relação ao ano anterior.

O que levou ao prejuízo foi o resultado financeiro. O Magalu teve que voltar a pagar a diferença de alíquota de ICMS nas vendas interestaduais) e ainda queimou R$ 3,2 bilhões devido do caixa, segundo a empresa, devido à sazonalidade (desconto de recebíveis no trimestre).

Tudo isso fez a Genial investimentos chamar o resultado de "assustador". "Ao somarmos o efeito de uma receita menor, rentabilidade menor e despesas financeiras maiores que o estimado, a companhia reportou um prejuízo líquido duas vezes maior que a nossa estimativa", publicou a Genial.

O que pode acontecer com as ações?

A ação da varejista deve entrar em declínio nesta semana e possivelmente nas próximas, segundo as casas de análises e bancos.

Isso reverteria os ganhos deste ano. Desde janeiro, com a recuperação judicial das Americanas (AMER3), os papéis do Magalu subiram 42%.

O Itaú BBA não recomenda nem a compra, nem a venda da ação. "O resultado final ficou abaixo de nossa estimativa conservadora devido a um resultado financeiro mais pesado, com recebíveis com desconto maior", analisou o banco em documento para acionistas.

É a mesma recomendação do Goldman Sachs. A Genial também tem recomendação neutra, com preço alvo estimado em 12 meses de R$ 5.

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