Construtoras populares ou de luxo: veja que ações rendem mais na Bolsa
As construtoras populares estão deixando as empresas focadas em imóveis de luxo para trás na Bolsa, desafiando expectativas de especialistas. Veja quais ações estão melhor no mercado e o que deve acontecer daqui para a frente.
Com juros altos, era de se esperar que as ficadas em imóveis de luxo estivessem se dando melhor que as populares. Afinal, o custo de comprar e financiar imóveis fica mais caro, afastando pessoas de menor renda do mercado.
Mas não é bem isso o que está acontecendo, conforme levantamento da Economatica. O levantamento considerou cinco das empresas de construção mais negociadas em cada nicho de mercado, o popular e o de luxo.
Confira o rendimento das principais construtoras na Bolsa desde o começo do ano
Populares:
- Plano & Plano (PLPL3) 122,66%
- Tenda (TEND3) 108,53%
- MRV (MRVE3) 53,239%
- Direcional (DIRR3) 22,89%
- Cury (CURY3) 20,85%
Luxo:
- Cyrela (CYRE3) 54,15%
- Even (EVEN3) 44,98%
- EZtec (EZTC3) 41,22%
- Rossi Residencial (RSID3) 29,23%
- PDG Realty (PDGR3) -51,25%
Fonte: Economatica, rendimento das ações de 3 de janeiro a 6 de junho (incluindo).
Construtoras populares estão rendendo mais
Com exceção da MRV, todas renderam mais que o Ibovespa. O principal índice da Bolsa teve alta de 4,44% desde o começo do ano.
As empresas focadas na faixa 1 do Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), do governo federal são as mais valorizadas este ano na Bolsa. É o caso de Plano & Plano, que disparou 122,66% desde o começo do ano e da Tenda (TEND3), com alta de 108,53%.
O MCMV foi relançado em fevereiro. O retorno da Faixa 1 é a principal mudança em relação à política do governo anterior, para famílias com renda bruta de até R$ 2.640. Antes, a renda exigida era de R$ 1.800 nessa faixa, ou seja, mais pessoas vão poder fazer parte dessa faixa que conta com mais descontos e benefícios para comprar imóveis.
Estima-se que boa parte das obras deve se concentrar na Faixa 1. Metade das unidades financiadas e subsidiadas devem ser destinadas a esse público, segundo o governo.
É por isso que essas empresas estão dobrando de valor. É o que diz Vitorio Galindo, analista de investimentos e diretor de análise da Quantzed. O mercado vê uma possibilidade de melhora para essas construtoras.
Além disso, espera-se que em poucos meses os juros da economia voltem a cair, já que a inflação vem dando uma trégua.
Outro ponto é que esses papéis estão bem baratos. No ano passado, essas empresas perderam muito valor, diz ele. A MRV, por exemplo, desvalorizou 35% em 2022. Como estão baratas, podem ter um potencial maior de valorização, acredita Caio Nabuco de Araujo, analista do setor imobiliário da Empiricus Research.
Como ficam as empresas voltadas para as classes mais altas
O consumidor de classe mais alta que não é muito afetado pela inflação ou pelos juros, diz Galindo.
Mas a Selic alta afeta a empresa, mesmo que os clientes sejam ricos. Isso porque essas empresas costumam ter uma grande dívida. É o caso da Cyrela, por exemplo, que viu seu lucro encolher 21,2% no último trimestre.
A PDG, por exemplo, encerrou um processo de recuperação judicial no final de 2021. Mesmo assim, teve prejuízo no primeiro trimestre deste ano e viu sua dívida aumentar 3%.
Em quais construtoras investir na Bolsa
A preferida de Nabuco é a Direcional. O preço alvo médio do mercado para a ação, que hoje custa R$ 17,62, é R$ 20,38.
Outra que vem se beneficiando bastante é a Plano & Plano. Ela pode se beneficiar do Pode Entrar, programa habitacional da Prefeitura de São Paulo, anunciado em março, para famílias que recebem até três salários mínimos e auxílio aluguel. São 22 mil nesta situação.
Ela é recomendada pela Empiricus e pela XP. A ação custa R$ 8,63 (6 de junho). No entanto, poucos analistas acham que ela vai continuar subindo. Para eles, a ação já entregou seu potencial.
O BTG recomenda a MRV. A ação que hoje custa R$ 11,81 pode chegar a R$ 15 em 12 meses conforme estimativas do banco.
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