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Qual é o prazo para garantir dividendos da Vale, BB e Itaú, e qual o valor

Quer receber dividendos em março, abril, maio e agosto? Levantamento do UOL Investimentos revela 11 oportunidades de até R$ 2,74 por ação. Na lista há empresas como Vale (VALE3), Banco do Brasil (BBAS3), Itaú (ITUB4) e Ultrapar (UGPA4).

Fique atento à "data com". Para ter direito a receber os proventos destas companhias, é preciso manter as ações em carteira até o final do pregão da "data com", que é a data limite para garantir os dividendos anunciados pelas empresas. Abaixo, você encontra uma lista das ações com datas de corte nas próximas semanas para garantir um dinheiro pingando na sua conta até agosto. Veja também as 29 empresas que remuneram os seus acionistas em março.

Até quando investir nestas ações para garantir dividendos?

Confira a lista de ações com "data com" entre 8 e 28 de março:

Ultrapar (UGPA3) - dividendos

  • Valor por ação UGPA3: R$ 0,40
  • Data com: 7 de março de 2024
  • Data ex (sem direito ao provento): 8 de março de 2024
  • Data de pagamento: 15 de março de 2024

Banco do Brasil (BBAS3) - JCP

  • Valor por ação BBAS3: R$ 0,41
  • Data com: 11 de março de 2024
  • Data ex (sem direito ao provento): 12 de março de 2024
  • Data de pagamento: 27 de março de 2024

Vale (VALE3) - dividendos

  • Valor por ação VALE3: R$ 2,74
  • Data com: 11 de março de 2024
  • Data ex (sem direito ao provento): 12 de março de 2024
  • Data de pagamento: 19 de março de 2024
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Iochpe-Maxion (MYPK3) - dividendos

  • Valor por ação MYPK3: R$ 0,09
  • Data com: 11 de março de 2024
  • Data ex (sem direito ao provento): 12 de março de 2024
  • Data de pagamento: 2 de abril de 2024

Dexco (DXCO3) - dividendos

  • Valor por ação DXCO3: R$ 0,07
  • Data com: 12 de março de 2024
  • Data ex (sem direito ao provento): 13 de março de 2024
  • Data de pagamento: até 31 de dezembro de 2024

Lavvi (LAVV3) - dividendos

  • Valor por ação LAVV3: R$ 0,11
  • Data com: 14 de março de 2024
  • Data ex (sem direito ao provento): 15 de março de 2024
  • Data de pagamento: 27 de março de 2024
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M. Dias Branco (MDIA3) - JCP

  • Valor por ação MDIA3: R$ 0,06
  • Data com: 14 de março de 2024
  • Data ex (sem direito ao provento): 15 de março de 2024
  • Data de pagamento: 28 de março de 2024

Cielo (CIEL3) - JCP

  • Valor por ação CIEL3: R$ 0,15
  • Data com: 15 de março de 2024
  • Data ex (sem direito ao provento): 18 de março de 2024
  • Data de pagamento: 30 de abril de 2024

Itaú Unibanco (ITUB3;ITUB4) - JCP

  • Valor por ação ITUB3: R$ 0,24
  • Valor por ação ITUB4: R$ 0,24
  • Data com: 21 de março de 2024
  • Data ex (sem direito ao provento): 22 de março de 2024
  • Data de pagamento: até 31 de agosto de 2024
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JHSF (JHSF3) - dividendos

  • Valor por ação JHSF3: R$ 0,03
  • Data com: 28 de março de 2024
  • Data ex (sem direito ao provento): 1 de abril de 2024
  • Data de pagamento: 09 de abril de 2024

Itaú (ITUB3; ITUB4) - JCP

  • Valor por ação ITUB3: R$ 0,018
  • Valor por ação ITUB4: R$ 0,018
  • Data com: 28 de março de 2024
  • Data ex (sem direito ao provento): 1 de abril de 2024
  • Data de pagamento: 2 de maio de 2024

Até quando duram os dividendos gordos da Vale?

Os dividendos robustos da Vale (VALE3), de R$ 2,74 por ação, foram uma grata surpresa para o mercado. Mas investidores se questionam se a mineradora vai continuar remunerando bem os seus acionistas diante da desaceleração da China e maior necessidade de provisionamento para os desastres ambientais de Mariana e Brumadinho.

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Após a pandemia, a companhia aproveitou muito bem o boom de commodities. Ela gerou bastante caixa, o que lhe permitiu entregar dividendos elevados aos acionistas, lembra Fabiano Vaz, sócio e analista de Ações da Nord Research.Contudo a crise imobiliária se intensificou na China e, como resultado, e os preços de minério estão caindo, pressionando os resultados da Vale.

Apesar da desaceleração, Vaz acredita que ainda não é o fim dos dividendos elevados da Vale. Mas a companhia deva pagar proventos em um patamar menor ao registrado em 2020 e 2021. O analista projeta um dividend yield (retorno em dividendos) de 8% em 2024. Apesar disso, Vaz não enxerga a Vale para uma estratégia de dividendos. O analista prefere empresas que consigam proporcionar uma previsibilidade maior.

2024 deve ser um ano difícil para a Vale. É o que diz Fernando Siqueira, head de análise da Guide Investimentos, que projeta um DY de 8,5% no ano. Apesar disso, a partir de 2025 e 2026, o resultado da companhia com outros metais como cobre e níquel devem fortalecer o caixa. Porém, Siqueira não enxerga a companhia como atrativa por entregar um retorno com dividendos abaixo da taxa Selic, que deve terminar o ano em 9%. "A ação possui bastante risco, para investir é importante acreditar que a companhia possui potencial de valorização", diz.

Já Marco Saravalle, analista e sócio-fundador da MSX Invest, projeta um DY de 13% neste ano e de 11% em 2025. "Se a commodity não despencar e o dólar continuar se valorizando frente ao real, a geração de caixa da Vale ainda continua muito forte, porque a companhia tem um custo de exploração muito baixo", avalia o analista. Se não houver novas provisões para os desastres ambientais, a Vale continuará sendo uma forte distribuidora de dividendos, e as ações são uma oportunidade a preços de até R$ 67.

BBAS3, a ação mais barata entre os bancos

Outro destaque é o Banco do Brasil (BBAS3). O banco vai remunerar os seus investidores com juros sobre capital próprio de R$ 0,41 no dia 27 de março, referentes a uma antecipação do 1° trimestre de 2024. Para garantir o provento, o investidor precisa ter as ações da companhia até dia 11 de março.

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O BB é uma das ações recomendadas para dividendos da Santander Corretora, com DY projetado de 9,46% para o ano. A instituição acredita que as ações possam valorizar até o patamar de R$ 85.

Entre as vantagens de investir no banco estatal, os analistas destacam que o bom momento de lucros do ano passado deve se manter. O BB projetou um lucro líquido ajustado de R$ 37 a R$ 40 bilhões, com crescimento médio de 8% ao ano, citam os analistas Ricardo Peretti e Alice Corrêa.

O banco também é considerado a ação mais barata do setor, negociando a 4,2 vezes preço sobre seu lucro (P/L). Os analistas também enxergam oportunidade no crescimento da concessão de crédito e retomada rápida da economia.

Já entre os riscos, uma economia mais fraca por causa do endividamento das famílias no país pode impactar no crédito. Outro ponto de atenção é ameaça competitiva das fintechs, indo além das taxas e afetando também as concessões de crédito.

Além deste provento anunciado, o Banco do Brasil divulgou calendário com mais sete pagamentos. O payout (parcela do lucro destinada a proventos) em 2024 é de 45%.

Evite estes erros ao investir de olho em dividendos

Ignorar a "data com". O analista independente Ricardo Schweitzer diz que muitos investidores confundem o tempo que possuem as ações com o direito a receber os dividendos. A questão é que não importa se o investidor comprou a ação há três dias ou há 30 anos, se não tiver o papel na 'data com' o provento vai para o novo dono. Se tiver a ação, ele receberá o dividendo.

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Comprar uma ação na "data com" e vendê-la na "data ex". Investir com o intuito de caçar dividendos e vender o a ação logo em seguida não é uma prática recomendada. Na verdade, o investidor está saindo no zero a zero, porque a ação perde o valor dos dividendos. "Se uma ação está negociada a R$ 10 na 'data com' e distribui R$ 1 em dividendos, ela iniciará os negócios na 'data ex' cotada a R$ 9. Quem segue essa prática não gera valor algum", diz Schweitzer.

Achar que o desconto na "data ex" é prejuízo. Se o dividendo é descontado do preço da ação, será que vale a pena a estratégia? Schweitzer diz que esse desconto corresponde na verdade a uma parcela do fluxo de caixa da empresa. Em consequência, uma companhia com bons fundamentos vai continuar gerando caixa e valorizando no futuro. Além disso, os dividendos costumam representar dois terços do retorno total das ações no longo prazo.

Escolher uma ação apenas pelo dividendo. Os analistas recomendam olhar outros indicadores além dos pagamentos. É importante ver se a empresa consegue gerar caixa e acumular patrimônio, se precisa de novos investimentos para crescer, qual é o seu nível de endividamento e qual é o retorno que ela oferece, sobre o capital e sobre o patrimônio. Esses dados irão indicar se os dividendos são sustentáveis no longo prazo.

Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.

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