IPCA
0,83 Mar.2024
Topo

Equipe de transição quer votar autonomia do BC este ano, diz relator

Fabrício de Castro

Brasília

14/11/2018 20h15Atualizada em 15/11/2018 13h28

O deputado federal Celso Maldaner (MDB-SC) afirmou nesta quarta-feira (14) que a equipe de transição para o governo Bolsonaro vai se empenhar em aprovar, ainda este ano, o projeto de autonomia do Banco Central.

Maldaner, que é relator da proposta na Câmara, esteve reunido na tarde desta quarta, no CCBB, com o economista Abraham Weintraub, da equipe de transição, e com o futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

"Há apoio integral à proposta de autonomia do BC", disse Maldaner. "O Abraham é uma pessoa muito conhecedora do assunto, das regras internacionais que colocamos. Eles estão 100% de acordo."

Leia também:

Conforme Maldaner, todo o texto da proposta, que foi formulado com o auxílio do próprio Banco Central, foi aceito pela equipe de transição, sem reparos. "Agora, só depende do (presidente da Câmara, Rodrigo) Maia, botar urgência ao projeto e levar ao plenário", disse Maldaner.

O deputado afirmou ainda que, no encontro, Onyx recomendou a aprovação da autonomia do BC ainda em 2018. "Eles vão fazer de tudo para votar este ano. Caso contrário, continuo com a relatoria para votar no ano que vem. Mas eles querem votar este ano", reforçou.

A aprovação do projeto --ou pelo menos o encaminhamento da proposta para aprovação em 2019-- tornou-se um fator fundamental para a permanência ou não de Ilan Goldfajn na presidência do BC. Como informou na terça-feira o Broadcast, sem a autonomia Goldfajn dificilmente topará ficar no cargo.

Desde que assumiu o BC, em junho de 2016, ele vem se empenhando no projeto, inclusive quanto a aspectos técnicos específicos presentes na proposta. Com a autonomia, Goldfajn poderia aceitar permanecer no cargo por um período de transição, até 1º de março de 2020. Nesta data, começaria a valer a nova dinâmica de mandatos fixos para o presidente e os oito diretores do BC.

O presidente e os diretores teriam mandatos de quatro anos, com possibilidade de renovação por uma única vez, por mais quatro anos. A cada dois anos do mandato presidencial, dois diretores poderiam ser trocados.