Dólar, ações ou renda fixa: onde investir para ganhar mais a partir de agora?
SÃO PAULO – O dólar já subiu cerca de 50% só neste ano. A renda fixa continua muito atrativa, embalada pelo aumento das taxas de juros – a Selic está em 14,25% ao ano. Na Bolsa, a queda das ações também deixa alguns investidores na dúvida se seria um bom momento para comprar a aproveitar preços de ativos mais baratos. Neste cenário, qual a melhor opção de investimento para o prazo de um ano?
Na opinião do assessor de investimentos Igor Franco Silva, da Prime Senior Investimentos, dificilmente o dólar subirá mais 50%. Além disso, ele lembra que não se pode considerar moeda como investimento. “Aplicar em moeda é especulação. Ela não paga dividendos, não tem fluxo de caixa e não emprega ninguém. O dólar só sobe ou desce”, destaca.
Daniel Zamboni, assessor de investimentos da br Investe, afirma que a aplicação em dólar deve ser feita principalmente com objetivo de proteção (hedge), mas lembra da importância de diversificar a carteira com ativos internacionais. “Especialmente em momentos de incerteza, as pessoas que conseguirem assimilar a importância da diversificação internacional serão menos afetadas. Porém, é preciso observar que o capital aplicado pode sofrer com o sobe e desce das cotações”, aponta.
Já em relação à Bolsa, os especialistas são mais cautelosos. “Bolsa vai continuar sendo uma opção ruim até a economia global começar a crescer e principalmente o Brasil acertar alguns pontos internos (ajuste fiscal, volta do crescimento e término da crise política). Isto certamente não ocorrerá em 12 meses”, acredita Silva.
Diante disso, o consenso é que as aplicações de renda fixa são as melhores opções para alocar a maior parte do capital neste momento. “Atualmente é possível encontrar títulos pagando 17% ao ano com baixo risco, já que possuem garantia do FGC (Fundo Garantidor de Créditos)”, diz Silva.
O assessor de investimentos Marcos Almeida, da Private Investimentos, concorda. “Não acredito em nada que rentabilize mais que o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) até o próximo ano. Invista em renda fixa, mas em algum produto que pague um bom percentual do CDI. Em um ano você consegue um rendimento de até 14% líquido”, destaca.
Daniel Zamboni lembra que os títulos do Tesouro Direto têm sido muito procurados atualmente. “São aplicações conservadoras e garantidas pelo governo Federal. Há possibilidade, por exemplo, de manter o poder de compra, pois alguns são indexados à inflação”, destaca.
Ele destaca ainda que há outras opções de renda fixa um pouco mais sofisticadas e arriscadas, que pagam um retorno até maior. É o caso das debêntures incentivadas, cujo rendimento é isento de Imposto de Renda. “Normalmente elas pagam IPCA mais uma taxa fixa. “Em outras palavras, não importa se a inflação subir muito, o investidor estará sempre protegido da alta de preços”, afirma.
Mas neste caso é preciso se atentar para o risco de crédito da empresa que emitiu a debênture, já que elas não têm garantia do FGC como acontece em aplicações como o CDB, LCI e LCA. Além disso, o ideal é que o percentual da carteira alocado neste tipo de aplicação seja baixo.
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