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Eike Batista antecipa saída do comando da empresa de logística LLX

Do UOL, em São Paulo

28/08/2013 09h53Atualizada em 28/08/2013 10h34

O bilionário Eike Batista anunciou nesta quarta-feira (28) sua saída da presidência do Conselho de Administração da empresa de logística LLX (LLXL3). É a segunda empresa do grupo EBX da qual Eike deixa o controle neste ano.

Em 28 de março, ele vendeu o controle da empresa de energia elétrica MPX (MPXE3) para a alemã E.ON. Mais tarde, em 4 de julho, renunciou formalmente ao controle da MPX.

A saída de Eike já era esperada após a negociação com o fundo norte-americano EIG, que vai injetar R$ 1,3 bilhão na empresa.

Para ocupar o cargo deixado por Eike, foi eleito Roberto D'Araujo Senna, que já fazia parte do conselho. O executivo, formado em engenharia civil pela Universidade Federal da Bahia, também possui MBA em Estratégia Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas.

Além do empresário, seu assessor próximo Aziz Ben Ammar também renunciou ao cargo no conselho da companhia.

O maior projeto da empresa de logística é a construção do Porto do Açu, no litoral do Estado do Rio de Janeiro.

Venda deve beneficiar Superporto do Açu

A capacidade financeira do grupo EBX de concluir as obras do Porto do Açu, um dos principais projetos de Eike Batista, era uma das principais preocupações de especialistas, investidores e credores do grupo EBX. 

A operação de venda da LLX, entretanto, ainda está sujeita à celebração de contratos definitivos, aprovações regulatórias e societárias aplicáveis, "além da finalização de due diligence satisfatória pelo Grupo EIG", entre outras condições.
 

As ações que serão emitidas em decorrência do aumento do capital terão o preço de emissão fixado em R$ 1,20.

"Os recursos provenientes deste aumento de capital somados às linhas de crédito existentes deverão prover a companhia com os recursos necessários na execução do plano de investimento de capital da Companhia na Construção do Superporto do Açu, além de reforçar sua estrutura de capital", justificou a empresa de Eike Batista.

Mercado está desconfiado da capacidade das empresas de Eike

A desconfiança de investidores com as empresas "X" teve início após seguidas frustrações com a produção de petróleo da OGX, que já foi considerada o ativo mais precioso de Eike.

A empresa de petróleo de Eike decidiu não seguir adiante com o desenvolvimento de algumas áreas na bacia de Campos (RJ) antes consideradas promissoras.

Eike, que em 2012 estava na lista dos dez homens mais ricos do mundo, viu sua fortuna desabar nos últimos meses, depois que seus projetos ambiciosos não entregaram os resultados prometidos -a maioria na área de infraestrutura e energia.

Diante da derrocada do valor de mercado das controladas da EBX na Bovespa nos últimos meses, Eike contratou em março o banco de investimento BTG Pactual como assessor financeiro para encontrar alternativas para o grupo.

(Com Reuters)