Prévia da inflação acelera para 0,51% em abril; em 12 meses, fica em 9,3%
O IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor - Amplo 15), considerado uma prévia da inflação oficial (IPCA), ficou em 0,51% em abril.
O resultado mostra uma aceleração em relação a março, quando o indicador havia registrado alta de 0,43% nos preços. Por outro lado, houve desaceleração na comparação com abril de 2015, quando havia ficado em 1,07%.
Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (20).
Em 12 meses, o indicador acumula alta de 9,34%.
O indicador continua acima do limite máximo da meta do governo. O objetivo é manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de dois pontos para mais ou para menos, ou seja, pode variar entre 2,5% e 6,5%.
A inflação oficial no Brasil fechou 2015 em 10,67%, acima do limite máximo da meta. Foi a maior alta de preços anual desde 2002 (12,53%).
Alta dos remédios chega ao consumidor
A alta nos preços de comidas e bebidas foi a principal influência sobre o indicador.
Além disso, também pesou o aumento nos preços ligados a saúde e cuidados pessoais. Segundo o IBGE, já houve um reflexo da alta nos preços dos remédios --o reajuste de até 12,5% está em vigor desde 1º de abril.
Perspectivas
Ainda que a recessão econômica venha ajudando a diminuir a inflação, a inflação deve fechar este ano acima do limite máximo pretendido pelo governo, assim como aconteceu no ano passado, de acordo com analistas consultados pelo BC para a pesquisa Focus. Eles estimam que a inflação de 2016 seja de 7,08%.
Metodologia
O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.
A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, considerada a inflação oficial; a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
(Com Reuters)
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