'Prévia' do PIB sobe 0,47% em agosto e 2,5% em um ano, aponta BC
O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado uma "prévia" informal do PIB (Produto Interno Bruto), mostrou que a economia cresceu 0,47% em agosto, em relação a julho, informou o Banco Central nesta quarta-feira (17).
Na comparação com agosto do ano passado, o índice teve alta de 2,5% e no acumulado em 12 meses registrou crescimento de 1,5%.
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Em agosto, tanto as vendas varejistas quanto o setor de serviços cresceram acima do esperado e tiveram os melhores resultados para o mês em vários anos, com altas de 1,3% e 1,2%, respectivamente, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Os números, entretanto, não indicam uma aceleração desses setores, em meio a um ambiente no país marcado por fortes incertezas com as eleições presidenciais e o desemprego elevado, o que vem prejudicando tanto o consumo quanto o ímpeto de investimento dos empresários.
Esses fatores, inclusive, pressionaram a produção industrial a uma contração inesperada de 0,3% em agosto na comparação com o mês anterior.
Previsões para o PIB
Recentemente o Banco Central piorou sua projeção de crescimento da economia brasileira para 1,4% neste ano, e previu aceleração para 2,4% no ano que vem.
Os ministérios da Fazenda e do Planejamento preveem uma elevação de 1,6% do PIB neste ano e de 2,5% em 2019.
Enquanto isso, a projeção mais recente de economistas ouvidos pela pesquisa Focus, feita semanalmente pelo BC, é de que o PIB crescerá 1,34% em 2018 e 2,5% no ano que vem.
PIB oficial
Os últimos dados oficiais do IBGE sobre o desempenho do PIB foram divulgados em agosto.
A economia brasileira cresceu 0,2% no segundo trimestre, em relação ao trimestre anterior. Foi o sexto resultado positivo após oito quedas nessa comparação. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, o PIB subiu 1%, na quinta alta seguida. Em valores atuais, o PIB totalizou R$ 1,693 trilhão.
No ano passado, a economia cresceu 1%. Com isso, o país voltou a crescer após dois anos de recessão. Economistas afirmam, porém, que o país levará pelo menos dois anos para voltar ao nível de antes da crise.
IBC-Br
O indicador do BC é visto pelo mercado como uma antecipação do resultado do PIB. Ele é divulgado mensalmente pelo Banco Central, enquanto o PIB é divulgado a cada três meses pelo IBGE.
O IBC-Br serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.
O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços).
A estimativa incorpora a produção estimada para os três setores, acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.
(Com Reuters)
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