Manter inflação baixa e juro em queda depende de reformas, diz Guardia

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, e o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, aproveitaram o almoço de fim de ano com banqueiros, promovido pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos) nesta terça-feira (4), para fazer uma espécie de prestação de contas das medidas realizadas pela área econômica durante o governo de Michel Temer.
Os líderes da atual equipe econômica também endereçaram ao novo governo algumas recomendações. “O ciclo de inflação baixa e queda dos juros de forma sustentável dependerá do próximo governo enfrentar os problemas de forma concreta e direta”, disse Guardia.
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Entre os desafios da nova gestão, o ministro citou a manutenção do teto para os gastos públicos e as reformas tributária e da Previdência.
“É clara a necessidade de reforma tributária. Mas não tenhamos ilusões: os desequilíbrios fiscais impedem que haja uma redução efetiva da carga. Podemos fazer uma reforma que avance na simplificação e na melhora da qualidade dos tributos, para poder pensar, no futuro, em uma reforma mais ampla. É preciso dar um passo de cada vez”, declarou Guardia.
Reforma da Previdência
O ministro frisou a necessidade de o próximo governo dar andamento à reforma da Previdência “O sistema hoje é injusto, inaceitável. Precisa ser mudado por questão de equidade e justiça social e, principalmente, pela questão fiscal, pois ela não é sustentável.”
Guardia também recomendou a manutenção do limite de gastos para permitir a realização de uma reforma tributária gradual.
“Sem teto de gastos, não há alternativa senão o aumento de impostos. E essa não é uma boa solução para a economia brasileira. O Brasil ainda tem a chance de fazer ajuste fiscal gradual. Perder a oportunidade de fazer o ajuste gradual proporcionado pelo teto de gastos seria um erro grave”, disse o ministro.
Inflação e juros
O presidente do Banco Central, por sua vez, destacou o controle da inflação e a redução dos juros. Ele também afirmou que, para que essas "conquistas" da economia brasileira perdurem, é necessário que o próximo governo avance com as reformas estruturais.
“Manter essas conquistas depende de avançar no processo de reformas e ajustes ao longo do tempo. Precisamos avançar. Tivemos um ano difícil, mas as conquistas do ponto de vista macroeconômico se mantiveram até agora. O papel do Banco Central é que elas continuem ao longo do tempo”, disse Ilan Goldfajn.
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