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Coronavírus: Secom nega gasto de R$ 4,9 mi em campanha contra quarentena

Trecho do vídeo da campanha "O Brasil não pode parar" - Reprodução
Trecho do vídeo da campanha "O Brasil não pode parar" Imagem: Reprodução

Colaboração para o UOL, em São Paulo*

27/03/2020 18h26

A Secom (Secretária Especial de Comunicação Social da Presidência da República) divulgou nota hoje na qual negou um gasto de R$ 4,9 milhões na elaboração de campanha contra a quarentena na crise do novo coronavírus. O órgão afirmou que "trata-se de vídeo produzido em caráter experimental, portanto, a custo zero e sem avaliação e aprovação da Secom".

Fontes ouvidas pela Reuters indicaram que o material da campanha "O Brasil não pode parar" foi encomendado e aprovado pelo Palácio do Planalto, sem passar pelo Ministério da Saúde. O conteúdo incentivava os brasileiros a voltarem ao trabalho, contrariando recomendações de especialistas e entidades como a OMS (Organização Mundial de Saúde) e as restrições adotadas pelos estados.

A Secom afirmou que "não há qualquer campanha do governo federal com a mensagem do vídeo sendo veiculada por enquanto, e, portanto, não houve qualquer gasto ou custo neste sentido".

Veja a íntegra da nota:

A Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) informa que, com base em vídeo que circula desde ontem nas redes sociais, alguns veículos de imprensa publicaram, de forma equivocada e sem antes consultar a Secom sobre a veracidade da informação, que se tratava de nova campanha institucional do Governo Federal.

Trata-se de vídeo produzido em caráter experimental, portanto, a custo zero e sem avaliação e aprovação da Secom. A peça seria proposta inicial para possível uso nas redes sociais, que teria que passar pelo crivo do Governo. Não chegou a ser aprovada e tampouco veiculada em qualquer canal oficial do Governo Federal.

Cabe destacar, para não restar dúvidas, que não há qualquer campanha do Governo Federal com a mensagem do vídeo sendo veiculada por enquanto, e, portanto, não houve qualquer gasto ou custo neste sentido.

Também se deve registrar que a divulgação de valores de contratos firmados pela Secom e sua vinculação para a alegada campanha não encontra respaldo nos fatos. Mesmo assim, foram alardeados pelos mesmos órgãos de imprensa, que não os checaram e nem confirmaram as informações, agindo, portanto, de maneira irresponsável.

Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República

* Com informações da Reuters