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Presidente da Caixa diz que reduzirá a taxa de juros do cheque especial

Presidente da Caixa, Pedro Guimarães, ao lado do presidente Jair Bolsonaro - ADRIANO MACHADO
Presidente da Caixa, Pedro Guimarães, ao lado do presidente Jair Bolsonaro Imagem: ADRIANO MACHADO

Do UOL, em São Paulo

12/05/2020 08h30Atualizada em 12/05/2020 09h38

O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, disse hoje, durante conversa com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) transmitida pela internet, que o banco vai reduzir a taxa de juros do cheque especial. O anúncio foi feito antes do hasteamento da bandeira do Brasil no Palácio da Alvorada, que contou com a presença de ministros.

Sem citar o valor, Guimarães disse que reduzirá a taxa, hoje de 2,9% ao mês. "Vamos anunciar muito em breve", disse.

Bolsonaro elogiou a medida. "Apesar de todos os problemas que nós temos, a pandemia, a economia resiste ainda, lógico que vamos ter alguma perda, mas estamos fazendo o possível", disse.

A política de redução da taxa de juros do cheque especial tem sido uma das marcas da Caixa na gestão de Pedro Guimarães. Em entrevista ao jornal O Globo em janeiro, quando a taxa estava em 4,95% ao mês, ele explicou a política.

"A gente passou o cheque especial de 14% para 4%, e o meu objetivo é ir para 2%, 2,9% ao mês. Nós tínhamos uma inadimplência 'X' quando cobrávamos 14%, temos uma inadimplência muito menor quando cobramos 4,9%. Se a gente conseguir reduzir a inadimplência e aumentar a carteira, podemos continuar diminuindo o cheque especial porque o que interessa para a gente é a rentabilidade", afirmou.

Abraço em crianças

Durante o evento, Bolsonaro também conversou com apoiadores e, contrariando, as medidas de distanciamento social, abraçou um grupo de crianças que estavam acompanhadas por um padre. Elas cantaram "Jesus Cristo", canção famosa na voz de Roberto Carlos, e entregaram ao presidente presentes para ele, a primeira-dama Michelle, e a filha do casal, Laura.

Em conversa com apoiadores, Bolsonaro repetiu o discurso de que é importante manter o incentivo à economia em meio à pandemia e disse que o Brasil está voltando a enfrentar problemas de fome. "Tem que tratar a questão do vírus junto com o desemprego", disse.

Ele ainda voltou a ressaltar a sua visão diferente em relação a governadores e prefeitos sobre isolamento social. "Os prefeitos têm que conversar (sobre a volta ao trabalho com o uso de mas máscaras), porque o STF deu poderes para eles decidirem. Se fosse comigo seria diferente".