BC: Não seria “razoável” alta da concentração bancária por causa da crise
O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, afirmou que não é "razoável" que a crise econômica decorrente da pandemia do coronavírus implique aumento da concentração bancária no Brasil.
"Em todas as crises a gente vê que os sistemas financeiros saem das crises com a relação de troca de ter um sistema mais sólido, mas mais concentrado. A gente não acha que esse seja um preço razoável a se pagar, achamos o contrário. A gente pode aproveitar essa oportunidade de crise para expandir algumas ideias que já estavam sendo introduzidas anteriormente", disse.
Os cinco maiores bancos do Brasil concentraram mais de 80% dos empréstimos e depósitos em 2018 em todo o país, segundo o Relatório de Economia Bancária do BC.
Segundo os dados, 84,8% dos empréstimos foram concedidos pelos cinco bancos. Isso quer dizer que, de cada R$ 10 emprestados, R$ 8,48 eram financiados pela Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil (BB), Santander e Caixa Econômica Federal.
Diante da crise, Campos Neto afirmou que tem negociado e conversado com o presidente dos grandes bancos medidas para superar o problema. Entretanto, ele disse que não abre mão de medidas para aumentar a competição no setor.
"Nas negociações e conversas com os grandes bancos um dos temas que eu sempre digo é que estou disposto a negociar quase tudo, mas não estou disposto a negociar o adiamento das medidas estruturantes que vão fazer com que o sistema financeiro seja mais sólido, competitivo e inclusivo no futuro", disse.
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