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Salim Mattar diz que Bolsonaro é "privatista, mas não aporrinha ministros"

Jair Bolsonaro e Salim Mattar em foto de 2019; ex-secretário de Desestatização deixou o governo, mas elogiou o presidente - PR via BBC
Jair Bolsonaro e Salim Mattar em foto de 2019; ex-secretário de Desestatização deixou o governo, mas elogiou o presidente Imagem: PR via BBC

Do UOL, em São Paulo

13/08/2020 08h17

O ex-secretário de Desestatização Salim Mattar, que deixou o ministério da Economia na última terça-feira (11), disse que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é favorável a privatizações, mas "não aporrinha ministros". Na entrevista ao jornal O Globo, o ex-integrante da equipe do ministro Paulo Guedes disse que a agenda sobre o tema não avança por postura de ministros setoriais.

"Todos os ministros são afáveis. Agora, a decisão de privatizar a empresa é deles. O presidente Bolsonaro não interfere, ele delega para o ministro, e cada um tem a sua justificativa", disse, negando que tenha deixado o governo por causa de uma possível postura contrária de Bolsonaro a privatizações.

"O presidente é privatista. Agora, ele é elegante, não se envolve, não fica aporrinhando ministro", completou.

Apesar da saída do governo, Salim Mattar disse que apoiará uma possível candidatura de Bolsonaro à reeleição em 2022 e mantém o apoio à "causa liberal do ministro Guedes".

"Eu era um para-raios. Quando alguém tinha alguma dificuldade, eu orientava. O empresariado, hoje, tem um reconhecimento, uma gratidão de que o Brasil poderia estar em piores mãos. Há um reconhecimento de que Bolsonaro quebrou o processo da esquerda no poder. Mas não se conserta o país em quatro anos. Vai ser preciso ter dois, três mandatos", disse.

"Fora do governo, vou continuar apoiando fortemente a causa liberal do ministro Guedes e vou estar fortemente engajado na agenda de costumes do presidente Bolsonaro, porque para nós ele foi uma ruptura", completou.