'Talvez eu desista', diz Guedes sobre criação de nova CPMF
O ministro da Economia Paulo Guedes disse hoje que vê a possibilidade de o governo federal desistir da criação de um novo imposto, que seguiria os moldes da extinta CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). A declaração acontece um dia após Guedes sair em defesa do possível tributo e afirmar que os bancos já cobram taxas parecidas.
À CNN Brasil, o ministro falou sobre a possível criação de um novo imposto, que seria cobrado sobre transações digitais.
"Não existe aumento de imposto. A mídia, por exemplo, quer desonerar a folha (de pagamento), não quer? Esse imposto só entraria se fosse para desonerar. Talvez nem precise, talvez eu desista", explicou Guedes sobre as intenções do governo.
A desoneração da folha de pagamento atinge atualmente mais de 6 milhões de trabalhadores de 17 setores. A medida vale até o final do ano. Sua ampliação até 2021 foi vetada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no início de julho, mas o Congresso ameaça derrubar esse veto.
A desoneração é considerada por alguns como fundamental para a criação de empregos e assim ajudar na recuperação econômica por conta da crise provocada pela pandemia do coronavírus. Com a medida, as empresas podem substituir a contribuição previdenciária de 20% sobre os salários por uma alíquota menor sobre a receita bruta.
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