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PagInvest oferece fundo de criptomoedas; veja como investir

PagInvest passa a oferecer fundos de criptomoedas, ainda pouco conhecidos, mas que têm tido  valorização. - Reprodução
PagInvest passa a oferecer fundos de criptomoedas, ainda pouco conhecidos, mas que têm tido valorização. Imagem: Reprodução

Do UOL

De São Paulo

05/03/2021 16h21

O PagBank, banco digital do PagSeguro, começa a distribuir investimentos em fundos de criptomoedas a partir de seu braço PagInvest. Os fundos de criptomoedas, ainda que pouco conhecidos pelos investidores, têm chamado a atenção pela valorização.

Por meio da PagInvest, plataforma digital de investimentos disponível para clientes do PagBank, é possível entrar no fundo Hashdex com um investimento inicial mínimo de R$ 500. Nem todo o dinheiro das cotas será usado para investir em moedas virtuais. Apenas 20% do patrimônio é destinado para esse objetivo, e os outros 80% são aplicados em títulos públicos que acompanham o CDI.

Não existe taxa de performance, apenas de administração, que é de 1% ao ano. O fundo não possui nenhuma carência e nem tempo de permanência. A cotização do resgate ocorre em cinco dias corridos, mais dois dias úteis para liquidação do resgate.

Recordes de valorização

O Bitcoin, uma das criptomoedas mais conhecidas, vem quebrando recordes de cotação ano após ano. Desde junho de 2019, por exemplo, a criptomoeda já subiu 833% e superou os R$ 306 mil em negócios aqui no Brasil. Os investimentos em criptomoedas devem ser considerados como uma alternativa para quem já tem parte da carteira aplicada em renda variável, como em ações, fundos imobiliários, moedas ou BDRs, por exemplo.

A valorização das criptomoedas atrai os investidores em busca de um bom retorno. O fundo Hashdex Criptoativos Discovery Multimercado, por exemplo, valorizou 40,13% em 2020.

Investir em um fundo de criptomoedas é uma maneira de diversificar a carteira de investimentos e fugir de certas variações locais. As criptomoedas não sofrem com as oscilações na taxa de juros no Brasil, ou de outros países. Por não serem atreladas à economia de nenhum país, as moedas virtuais não sofrem com os cortes na taxa de juros, como é o caso da Selic no Brasil, que afetam diretamente investimentos de renda fixa.

As criptomoedas estão atreladas ao dólar. É uma forma de ter parte da carteira exposta ao dólar e se proteger da variação cambial.

Atenção no que está investindo

O Bitcoin é a mais conhecida, mas não é a única criptomoeda, existem muitas outras. Entender em quais delas o fundo irá investir é essencial para o interessado nesse ativo, diz o especialista Alan De Genaro, professor associado e pesquisador da EAESP/FGV e pós-doutor pelo Courant Institute of Mathematical Sciences, da Universidade de Nova York.

Para ele, "é importante ver qual a política de investimentos do fundo e em qual classe de criptoativos ele vai investir". Segundo o analista, esse cuidado deve ser tomado para o investidor não se expor a muitos riscos.

O fundo oferecido pelo PagInvest aplica em um índice chamado de Nasdaq Crypto Index (NCI), criado para representar de forma abrangente a classe dos investimentos em criptoativos. Atualmente, o índice representa mais de 85% do valor de mercado total. Os criptoativos que compõem o NCI são definidos trimestralmente a partir de critérios objetivos de segurança, liquidez e representatividade de mercado.

Genaro afirma que é importante definir primeiro qual a estratégia de investimentos. Se o investidor precisa de uma renda extra com os investimentos ou pode precisar sacar o valor no caso de emergências, as criptomoedas não são a melhor opção, por causa da alta volatilidade. Mas, no longo prazo, podem fazer parte da estratégia de acumular patrimônio, diz o professor.

Outros produtos PagBank

Pertencente ao UOL, empresa líder da internet brasileira, o PagBank também lançou novas modalidades de investimento para seus clientes, como fundos em emissão de dívida, emissão de dívida de empresas, títulos do Tesouro brasileiro e ações.

"O PagBank, do PagSeguro, continua comprometido com sua visão de democratizar o acesso a serviços financeiros no Brasil, ao promover inclusão, principalmente em meio ao tempo incerto que estamos vivendo", afirma Ricardo Dutra, CEO do PagSeguro PagBank em nota.