Bolsonaro diz que não haverá reajuste para todos os servidores em 2022
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, em entrevista à Jovem Pan, que não há espaço no Orçamento de 2022 para que todas as categorias de servidores públicos tenham reajuste salarial. O texto aprovado no Congresso prevê gastos de R$ 1,7 bilhão para esse fim. A intenção do governo era aplicar o dinheiro para conceder reajustes só a policiais federais e a servidores do Depen (Departamento Penitenciário Nacional).
Aprovado em dezembro do ano passado, o Orçamento de 2022 precisa ser sancionado pelo presidente até a próxima sexta (21). Na entrevista, Bolsonaro afirmou que, no caso dos policiais, a decisão sobre conceder ou não o reajuste ainda não está tomada.
Há uma grita porque a intenção inicial foi essa, não vou negar, reservar algum reajuste aos policiais federais, aos policiais rodoviários federais e ao pessoal do Depen. Isso está suspenso. Estamos aguardando o desenlace das ações. A gente pode fazer justiça com três categorias. Não vai fazer justiça com as demais, sei disso. Fica aquela velha pergunta a todos: vamos salvar três categorias ou vai todo mundo sofrer no corrente ano? O tempo vai dizer como a gente vai decidir.
Jair Bolsonaro, em entrevista à Jovem Pan
Reajuste no ano que vem
O presidente afirmou que não quer "cometer injustiças" com os servidores, e que reconhece o trabalho do funcionalismo. Bolsonaro atribuiu a impossibilidade de atender a todas as categorias aos gastos extras com a pandemia. Ele prometeu que todos "serão contemplados" no ano que vem.
Não tem folga no Orçamento para o corrente ano [para dar reajuste a todos]. Conversei com o pessoal sobre o Orçamento para o ano que vem --sei que está muito longe ainda, mas por ocasião da feitura do mesmo os servidores serão contemplados com reajuste salarial merecido.
Jair Bolsonaro, em entrevista à Jovem Pan
Protestos de servidores
Desde o final do ano passado, categorias do funcionalismo têm se mobilizado para pedir a reposição do salário. Na Receita Federal, servidores entregaram cargos de chefia e renunciaram a seus mandatos no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) —uma espécie de 'tribunal' da Receita.
Ontem, categorias de servidores públicos fizeram um ato contra o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o próprio presidente Jair Bolsonaro. Eles pedem reajuste de até 28%. No final do mês deve haver nova mobilização, com possibilidade de greve.
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