Brasil abre 1,3 milhão de vagas com carteira assinada no 1º semestre

O Brasil criou 201.705 postos de trabalho com carteira assinada em junho, segundo dados publicados nesta terça-feira (30) pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregado), do Ministério do Trabalho e Emprego. O resultado marca o sexto mês consecutivo com mais contratações do que demissões e faz o mercado de trabalho fechar o primeiro semestre com 1,3 milhão de novas vagas formais. No mesmo período do ano passado, o saldo de contratações com carteira assinada ficou positivo em 1,03 milhão de postos, com 155.695 admissões em junho.

O que diz o Caged

Brasil abriu vagas com carteira assinada em todos os meses de 2024. Com saldo positivo de 201.795 postos formais em junho, o Caged aponta para 1,3 milhão de contratações a mais do que demissões entre janeiro e junho. O saldo do semestre decorre de 2.071.649 admissões e de 1.869.944 desligamentos no período.

Resultados para o mês e o semestre são os melhores desde 2022. No ano passado, foram criadas 155.695 novas vagas formais em junho e o saldo final dos primeiros seis meses do ano ficou em 1.03 milhão. Já no ano anterior, foram 142.159 novos postos no mês e 1,39 milhão no semestre. O ano de 2021, que marca a recuperação do mercado de trabalho após a pandemia, lidera a série em ambas comparações.

Brasil contratou mais do que demitiu em todos os meses de 2024. A criação de postos formais em junho foi superior apenas aos resultados de janeiro e maio, quando o volume de admissões superou o de desligamentos em, respectivamente, 168.103 e 139.341 postos. O melhor desempenho, até o momento, foi contabilizado em fevereiro, quando houve mais de 300 mil admissões formais a mais em relação aos desligamentos.

Brasil tem 46,8 milhões de vínculos celetistas ativos. O total, referente ao encerramento do primeiro semestre de 2024, representa uma variação positiva de 0,43% em relação ao estoque do mês anterior. O valor também é o maior da série histórica do Novo Caged, iniciada em 2020.

Nos últimos 12 meses, foram 1,7 milhão de novos empregos. O saldo acumulado é ocorre com 24.454.284 contratações e 22.726.551 cortes com carteira assinada no período.

Bom momento do mercado formal é confirmado pelo IBGE. Os dados mais recentes da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) mostram que o número de brasileiros com carteira chegou a 38,326 milhões, recorde da série histórica, iniciada 2012. O resultado contribui para a menor taxa de desemprego dos últimos dez anos no Brasil.

Salário médio de admissão no Brasil é de R$ 2.132,82. Na comparação com o mês de maio, houve uma redução real de R$ 5,15 (-0.24%) na remuneração média oferecida nas contratações, mostra o Caged.

Setores

Todos os setores contrataram no primeiro semestre. Entre janeiro e junho, o destaque fica por conta dos serviços, com 716.909 admissões. Na sequência, aparecem a indústria (+242.314 postos), a construção (+180.779 cargos), o comércio (+86.254 empregos e a agropecuária (+73.809 vagas).

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Em junho, o ramo de serviços também puxou a liderança. O segmento abriu 87.708 postos e foi seguido pelo comércio e pela indústria, que registram, respectivamente, 33.412 e 32.023 novas colocações formais. A agropecuária e a construção também contrataram mais do que demitiram no mês.

O que é o Caged

O indicador mede o andamento do mercado formal. Divulgado mensalmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados recebe relatórios das empresas para definir a quantidade de contratações e demissões com carteira assinada no Brasil.

Informações do Caged são coletadas pelo eSocial, sistema que unifica as informações de trabalhadores e empresas. A adoção extinguiu o modelo antigo para a coleta das informações e resultou na criação do Novo Caged, que traz as estatísticas do mercado formal de trabalho desde janeiro de 2020.

Caged tem metodologia diferente da Pnad, do IBGE. Ainda que ambos os indicadores tragam informações sobre o mercado formal, as divulgações da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) são mais completas e definem o nível de desemprego. A base da pesquisa é movimento do mercado dento de um intervalo de três meses.

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