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BR Distribuidora lucra R$1,3 bi no 3º tri; vendas caem e importação ganha espaço

Dabldy/Getty Images
Imagem: Dabldy/Getty Images

Em São Paulo

12/11/2019 08h49

A BR Distribuidora, maior empresa do setor de distribuição de combustíveis do Brasil, reportou lucro líquido de R$ 1,3 bilhão, aumento de 23,9% na comparação com o mesmo período do ano passado, com impulso importante da antecipação dos recebíveis da Amazonas Energia, distribuidora da Eletrobras que foi privatizada.

O total de recebíveis somou R$ 1,4 bilhão no terceiro trimestre, tendo gerado um efeito positivo no lucro líquido de 940 milhões de reais. Segundo a BR, o recebimento dos recursos foi um "importante passo na gestão de caixa" da companhia.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado aumentou 22,2% no terceiro trimestre na comparação anual, para R$ 771 milhões, enquanto a receita líquida de vendas caiu 7,9%, para R$ 24,3 bilhões.

A queda da receita se deu em meio a um recuo de 4,4% no volume de vendas, para 10,487 bilhões de litros. Ante o segundo trimestre, houve um aumento de 4,9% no volume vendido.

A BR explicou que o volume total de vendas apresentou uma redução ante o ano passado em função da queda na comercialização de diesel, "decorrente do acirramento da competividade tanto nos segmentos de postos quanto em grandes consumidores e da não ocorrência de despacho pelas térmicas clientes da companhia".

A empresa ainda notou redução do consumo de combustível de aviação ainda em virtude do encerramento das operações de um importante cliente no primeiro trimestre de 2019.

Já em comparação com o segundo trimestre de 2019, o volume total vendido aumentou em função do crescimento das vendas de diesel (+6,6%), óleo combustível não térmico (+29,4%), aviação, coque e lubrificantes (+9,0%) e do ciclo otto (+1,2%), mesmo considerando o efeito da redução nos volumes comercializados de óleo combustível térmico (-97%).

A empresa, que foi privatizada pela Petrobras, disse que sua gestão continuou buscando a captura das oportunidades e arbitragens no trading de produtos, com aumento da representatividade de importações no mix de vendas da companhia e "maior contribuição destes ganhos para os resultados".

"As importações de gasolina e diesel ultrapassaram no mês de setembro a marca de 15% do total vendido pela companhia destes produtos e deverão permanecer uma parcela relevante e sistemática do sourcing de produtos", ressaltou a BR.

Por sua vez, a Petrobras planeja realizar, no próximo ano, uma operação para reduzir substancialmente sua participação na BR, afirmou na semana passada o presidente da petroleira estatal, Roberto Castello Branco.

A petroleira realizou uma oferta inicial de ações (IPO) da BR em 2017, quando passou a deter 71,25% da distribuidora. Já em julho deste ano, sob a gestão de Castello Branco, a empresa reduziu ainda mais sua participação, para 37,5%.

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