Governo estima que arrecadação maior pode compensar gasto extra com PEC dos Precatórios
Diante de surpresas positivas na arrecadação tributária, a equipe econômica está refazendo cálculos e deve apresentar uma revisão das projeções para o resultado primário do governo federal, informaram membros do governo que participam do acompanhamento fiscal.
Com as mudanças, o salto nas receitas deve compensar o gasto extra promovido pela PEC dos precatórios disseram as fontes, falando nesta sexta-feira sob a condição de anonimato.
Os novos cálculos apontam para um déficit primário equivalente a 0,4% do Produto Interno Bruto (42 bilhões de reais) no fim do ano que vem. Em outubro, a equipe econômica estimava que o governo encerraria 2022 com um déficit de 1,5% do PIB por conta dos gastos extras da PEC dos Precatórios.
Nos últimos meses, o governo vem registrando resultados expressivos de arrecadação, com recordes históricos na maior parte dos resultados mensais, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem argumentado que parte desse aumento é estrutural.
Para este ano, duas fontes do governo afirmam que a previsão de déficit de 1,1% do PIB (95 bilhões de reais) pode ser alterada para um patamar melhor. Quando incluídas as contas de Estados e municípios, há a expectativa de que haja um superavit já em 2021.
Ao apresentar o projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2022, em agosto, o governo estimou que o déficit do governo geral seria de 1,2% do PIB neste ano e de 0,5% em 2022. Agora, os números foram para déficit de 1,1% do PIB neste ano e 0,4% do PIB em 2022.
Em relação à despesa total do governo, o PLOA previa o patamar de 17,5% do PIB em 2022. Agora, o cálculo aponta para 18,0% do PIB.
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