Aéreas low cost passam a cobrar até por mala de mão; custo chega a R$ 143
Resumo da notícia
- Norwegian e JetSmart agora passaram a cobrar para passageiro usar o bagageiro acima dos assentos
- Única bagagem grátis nessas empresas é mochila com até 10 kg que caiba embaixo do assento
- Valores cobrados variam de R$ 42,95 a R$ 143
- Anac diz que cobrança é legal, pois empresas respeitam o limite de peso de até 10 quilos
- Segundo resolução da agência, dimensões da bagagem são definidas pelas próprias empresas
- Aéreas têm voos para Londres (Reino Unido) e Santiago (Chile)
As companhias aéreas low cost (de baixo custo) chegaram no Brasil com passagens mais baratas, mas cobrando por todos os serviços adicionais. Agora, o passageiro já precisa pagar até mesmo para levar uma mala de mão no bagageiro acima dos assentos.
A Norwegian cobra R$ 42,95, enquanto o preço para levar uma mala de mão na JetSmart varia de acordo com o momento da compra, disponibilidade, data de voo e rota, podendo chegar a mais de R$ 140. Na rota de Salvador a Santiago durante o Carnaval, o preço para uma mala de mão na JetSmart era de R$ 143.
Se o passageiro não pagar a taxa extra, pode levar a bordo apenas uma bolsa ou mochila que caiba embaixo do assento.
Outra possibilidade é o passageiro pagar para despachar uma mala maior, de até 23 quilos, no porão do avião. Na Norwegian, o valor é de R$ 167,02. Na JetSmart, a mala despachada tem o mesmo preço da mala de mão, e também varia de acordo com o momento da compra, disponibilidade, data de voo e rota.
Norwegian voa para Londres
A Norwegian tem voos do Rio de Janeiro para Londres (Reino Unido). O passageiro tem o direito de levar gratuitamente uma mochila com tamanho máximo de 38 centímetros de altura, 30 centímetros de largura e 20 centímetros de profundidade. O peso máximo é de 10 quilos.
Até a semana passada, os passageiros tinham o direito de levar uma bagagem de mão maior, que poderia ser colocada no bagageiro. Agora, para levar uma mala com 55 centímetros de altura, 40 centímetros de largura e 23 centímetros de profundidade, é necessário pagar a taxa extra.
Em vídeo publicado em seu site, a empresa justificou a mudança como uma forma de agilizar o embarque dos passageiros e evitar o atraso nos voos. "Queremos que você tenha um voo confortável que decole no horário previsto. Para ajudar a garantir isso, nós temos de limitar a quantidade de bagagem de mão que nossos clientes levam a bordo", afirma.
A empresa ainda diz que ao despachar as malas (pagando), o passageiro ajuda a companhia e evita o estresse no embarque e desembarque. "É um ganha-ganha para todos", finaliza o vídeo.
JetSmart voa para Santiago
A chilena JetSmart opera voos de Salvador (BA) e Foz do Iguaçu (PR) para Santiago (Chile) e em março inicia a rota entre São Paulo e Santiago. As tarifas da companhia dão direito apenas a uma mochila com tamanho máximo de 45 centímetros de altura, 35 centímetros de largura e 25 centímetros de profundidade para ser colocada embaixo do assento.
Já uma bagagem maior para ser colocada no compartimento superior da cabine e pode ter apenas 10 centímetros a mais de altura (a largura e a profundidade são as mesmas). Nos dois casos, a mala pode ter até 10 quilos.
Cobrança é legal, diz Anac
Questionada se esse tipo de cobrança é legal, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) afirmou que a prática adotada pelas companhias está de acordo com a resolução 400, que trata dos direitos e deveres dos passageiros.
"Conforme a Resolução n° 400 da Anac, o transportador deverá permitir uma franquia mínima de 10 quilos de bagagem de mão por passageiro de acordo com as dimensões e a quantidade de peças definidas no contrato de transporte. Ou seja, não há irregularidade no que está sendo praticado pelas empresas, tendo em vista que são elas as responsáveis por definir as dimensões da bagagem de mão", afirmou a agência.
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