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Dólar fecha abaixo de R$ 2,20, e Bolsa sobe 2,64% por decisão do BC dos EUA

Do UOL, em São Paulo

18/09/2013 17h28Atualizada em 19/03/2014 19h44

dólar comercial teve forte queda nesta quarta-feira (18), depois que o banco central dos Estados Unidos (Federal Reserve, Fed) anunciou que vai manter, por enquanto, seu programa de estímulos econômicos sem alterações.

A moeda norte-americana desabou 2,89%, e fechou valendo R$ 2,194 na venda. É a maior queda diária desde o dia 23 de agosto (-3,23%), e o menor valor de fechamento desde 28 de junho, quando o dólar valia R$ 2,189.

Bovespa teve forte alta, também embalada pelo otimismo nos mercados globais depois da decisão do Fed.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou com ganhos de 2,64%, aos 55.702,9 pontos. É a maior pontuação final desde 28 de maio, quando a Bolsa fechou com 56.036,26 pontos.

Fed mantém estímulo

Após uma reunião de dois dias, o BC dos EUA anunciou que vai manter sua atual política monetária, que injeta todo mês US$ 85 bilhões na economia do país. A decisão surpreendeu investidores no mundo todo, que esperavam uma redução desse pacote. 

O Fed informou que, nas próximas reuniões, vai avaliar se os dados continuam mostrando a melhora do mercado de trabalho e da inflação.

"O comitê decidiu aguardar mais evidências de que o progresso será sustentado antes de ajustar o ritmo de suas compras", disse o Fed em comunicado.

O Fed reiterou ainda que não começará a elevar os juros até que o desemprego caia ao menos para 6,5%, desde que a inflação não ameace ir acima de 2,5%. A taxa de desemprego nos EUA estava em 7,3% em agosto.

Ações de Eike disparam; Light e Embraer caem

As ações de empresas de Eike Batista foram destaque de alta na Bovespa nesta quarta. A petroleira OGX (OGXP3), por exemplo, disparou 10%, e fechou em R$ 0,44.

A empresa de logística LLX (LLXL3) avançou 9,83%, a R$ 1,90, e foi seguida pela construtora Rossi Residencial (RSID3), que ganhou 8,58%, a R$ 3,29.

A mineradora MMX (MMXM3), de Eike, saltou 7,06%, a R$ 1,82; a varejista online B2W (BTOW3), dona dos sites das Lojas Americanas e Submarino, subiu 7,05%, a R$ 16,09.

Outra tendência notável foi das ações da Petrobras: as ações chegaram a operar em queda de 3% ao longo do dia, mas viraram e fecharam com ganhos.

A ação preferencial (PETR4), que dá prioridade na distribuição de dividendos, subiu 2%, a R$ 18,90; a ação ordinária (PETR3), que dá direito a voto, fechou em alta de 1,42%, a R$ 17,85.

Na ponta oposta, apenas nove das 73 ações que compõem o Ibovespa caíram.

A ação da Light (LIGT3) teve a maior queda, perdendo 2,52%, a R$ 17,83. O papel da Embraer (EMBR3) recuou 2,41%, a R$ 18,20, seguido pelo da Tim (TIMP3), que perdeu 1,99%, a R$ 9,86.

Os negócios movimentaram R$ 8,99 bilhões.

Bolsas dos EUA batem recordes

Os principais índices de ações dos Estados Unidos bateram novos recordes.

O índice Dow Jones avançou 0,95%, para 15.676 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve valorização de 1,22%, para 1.725 pontos. São os maiores valores de fechamento da história.

O índice de tecnologia Nasdaq subiu 1,01%, para 3.783 pontos.

Bolsas Internacionais

As Bolsas europeias e asiáticas fecharam antes da decisão do Federal Reserve, e os investidores se comportaram de forma diferente.

As ações europeias subiram, e fecharam perto de seus recordes em cinco anos. 

O índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 fechou em alta de 0,5%, a 1.258 pontos, liderado pelos papéis do setor de tecnologia.

Em Londres, o índice Financial Times recuou 0,17%, a 6.558 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX subiu 0,45%, para 8.636 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 teve alta de 0,6%, a 4.170 pontos.

Já as ações asiáticas, em sua maioria, subiram pouco ou fecharam em queda. O índice japonês Nikkei foi exceção, com salto de 1,35%.

A Bolsa de Xangai e Cingapura subiram 0,29% e 041%, respectivamente.

Hong Kong caiu 0,27%, Taiwan perdeu 0,49% e Sydney recuou 0,25%. A Bolsa de Seul não abriu devido a um feriado.

(Com Reuters)

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