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Bolsa cai aos 121.801 pontos, após 2 altas seguidas; dólar também tem queda

Em 2021, o dólar segue praticamente estável, com leve queda de 0,06%; já o Ibovespa vai subindo 2,34% - Getty Images/iStockphoto
Em 2021, o dólar segue praticamente estável, com leve queda de 0,06%; já o Ibovespa vai subindo 2,34% Imagem: Getty Images/iStockphoto

Do UOL, em São Paulo

04/08/2021 17h22Atualizada em 04/08/2021 17h25

Após duas altas consecutivas, o Ibovespa registrou hoje forte queda de 1,44%, aos 121.801,21 pontos, em um dia tomado pela expectativa em torno da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que deve decidir por um novo aumento nos juros básicos da economia (Selic).

O dólar também fechou a quarta-feira em queda, esta de 0,13%, sendo cotado a R$ 5,186 na venda. Com a nova baixa, a moeda americana vai acumulando perdas de 0,46% frente ao real na semana, depois de fechar o mês de julho em forte alta de 4,76%.

Desde o início do ano, o dólar segue praticamente estável, com leve queda de 0,06%, enquanto o Ibovespa vai subindo 2,34%.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Espera pela Selic

O mercado segue na expectativa pela decisão do Copom, a ser divulgada no início da noite, sobre o futuro dos juros básicos da economia. No último encontro, o Banco Central indicou que a Selic, hoje em 4,25% ao ano, poderia ser reajustada novamente em 0,75 ponto percentual, mas uma parte dos agentes financeiros aposta em aumento de 1 ponto.

Caso as projeções se confirmem, essa seria a quarta alta consecutiva da Selic e a mais acentuada em quase duas décadas, desde dezembro de 2002.

O foco estará no comunicado [do Copom], com a sinalização do que esperar para o encontro de setembro. É provável que indique a possibilidade de uma nova alta da mesma magnitude.
Newton Rocha, da SulAmérica Investimentos, à Reuters

Quando a Selic sobe, os custos dos empréstimos no Brasil também aumentam, o que torna o real mais atrativo para a realização de "carry trade". Essa estratégia consiste na tomada de empréstimos em moeda de país de juro baixo — como os Estados Unidos, por exemplo — e compra de contratos futuros de uma divisa de juro maior (Brasil). Desta forma, o investidor ganha com a diferença entre as taxas.

EUA no radar

Também foram foco de atenção dos investidores os dados econômicos dos Estados Unidos divulgados pela manhã, que mostraram que a criação de empregos no setor privado em julho subiu bem menos do que o esperado, provavelmente limitada pela escassez de trabalhadores e matérias-primas.

Segundo Alexandre Almeida, da CM Capital, os dados estão intimamente ligados à posição de política monetária do Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano), com números abaixo do esperado "corroborando um cenário de manutenção" de seu estímulo à economia.

Agora, disse ele, investidores ficarão atentos ao relatório sobre a criação de vagas do Departamento do Trabalho dos EUA, que será divulgado na sexta-feira (6). "O 'payroll' vai trazer uma noção sobre o 'timing' do encerramento da política monetária estimulativa do Fed", acrescentou.

(Com Reuters)