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Bolsas têm recuperação parcial um dia após início da guerra na Ucrânia

Do UOL, em São Paulo

25/02/2022 08h39Atualizada em 25/02/2022 16h08

Após despencarem na véspera, as Bolsas de Valores da Ásia e da região do Oceano Pacífico ensaiaram uma recuperação nesta sexta-feira (25), um dia após o início dos ataques da Rússia à Ucrânia, em meio a mais grave crise militar na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

O Nikkei 225, do Japão, fechou o dia em alta de 1,95%, depois de cair 1,81% na última sessão. Já o KOSPI, da Coreia do Sul, e o SSE Composite, da China, subiram 1,06% e 0,63%, respectivamente.

Em Hong Kong, porém, o Hang Sang emendou sua segunda queda, esta de 0,59%. Na véspera, o índice já havia tombado 3,21%.

Veja o desempenho de alguns dos principais índices asiáticos e do Pacífico:

  • S&P BSE Sensex, na Índia: 2,44%
  • Nikkei 225, no Japão: 1,95%
  • KOSPI, na Coreia do Sul: 1,06%
  • Jakarta Composite, na Indonésia: 1,03%
  • SSE Composite, na China: 0,63%
  • ASX All Ordinaries, na Austrália: 0,28%
  • Hang Sang, em Hong Kong: -0,59%

Mercado russo

A Bolsa de Valores de Moscou (IMOEX), na Rússia, que voltou a permitir negociações, fechou o dia em alta de 20,04%. Ontem (24), o índice tombou mais de 30% antes de as operações serem suspensas.

Já a moeda russa, o rublo, recuperou terreno frente ao dólar. Às 15h (horário de Brasília), a moeda americana caía a 82,49 rublos, depois de superar os 90 na véspera e obrigar o Banco Central da Rússia a intervir no mercado de câmbio.

Europa também tem alta

As Bolsas de Valores europeias também terminaram a sexta-feira em alta, depois de caírem quase 5% na véspera. Entre os principais índices, os maiores ganhos foram registrados em:

  • Londres (FTSE 100), na Inglaterra: 3,91%
  • Frankfurt (DAX), na Alemanha: 3,67%
  • Helsinki (OMX), na Finlândia: 3,64%
  • Milão (FTSE MIB), na Itália: 3,59%
  • Paris (CAC 40), na França: 3,55%
  • Madri (MADX), na Espanha: 3,39%
  • Dublin (ISEQ), na Irlanda: 2,82%
  • Amsterdã (AEX), na Holanda: 2,72%

Petróleo abaixo de US$ 100

Já o preço do petróleo, que vinha em alta em meio à tensão geopolítica, está em baixa na sessão. Às 16h (de Brasília), o barril de Brent registrava queda de 2,15%, a US$ 96,95, enquanto o petróleo WTI caía 1,83%, a US$ 91,11.

Ontem (24), no primeiro dia de ataques da Rússia à Ucrânia, o barril de Brent chegou a ultrapassar a marca de US$ 100 pela primeira vez em mais de sete anos, desde setembro de 2014.

Neste momento, é impossível apostar em qualquer cenário. Podemos apenas acompanhar de perto os últimos acontecimentos e estar preparados para mais volatilidade
Ipek Ozkardeskaya, da SwissQuote, à AFP

Ataque à Ucrânia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, foi à TV na madrugada de quinta-feira (24, horário de Brasília) para dizer que faria uma "operação militar especial" no Donbass, a área de maioria russa no leste da Ucrânia. Seu comando militar, porém, confirmou que "armas de precisão estão degradando a infraestrutura militar, bases aéreas e aviação das Forças Armadas ucranianas".

Posteriormente, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky anunciou em discurso à nação o rompimento das relações diplomáticas com Moscou. Ele também adotou lei marcial em todo o território ucraniano — uma medida que altera as regras de funcionamento de um país, deixando de lado as leis civis e colocando em vigor leis militares.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, condenou a operação militar da Rússia na Ucrânia, que definiu como "não provocada e injustificada". Para o americano, Putin escolheu uma "guerra premeditada" e "que trará uma perda catastrófica".

"A Rússia sozinha é responsável pela morte e destruição que este ataque trará, e os Estados Unidos e seus aliados e parceiros responderão de forma unida e decisiva. O mundo responsabilizará a Rússia", disse Biden em comunicado enviado à imprensa.

(Com AFP e Reuters)