Franquia de fritas em cone inspirada na Bélgica custa a partir de R$ 65 mil
A franquia Belga Mix, que vende batata frita em cone, passa longe do onda gourmet que transformou comidas simples como cachorro-quente e brigadeiro em itens "premium". Apostando na simplicidade do produto e da operação, a rede, fundada em agosto de 2012, possui nove unidades em funcionamento nos Estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Bahia.
O investimento inicial para uma unidade é de R$ 64,8 mil (custos de instalação + taxa de franquia). O faturamento médio mensal é de R$ 50 mil, com margem de lucro de 15% a 20%, ou seja, de R$ 7.500 a R$ 10 mil. O retorno do investimento para franquias do ramo é a partir de 24 meses, segundo a ABF (Associação Brasileira de Franchising).
A ideia de negócio é de Lucas Machado, 24, e surgiu durante uma viagem de férias à Bélgica, em abril de 2012. “Eu experimentei a batata frita belga, gostei e vi que outros brasileiros que estavam lá também se empolgaram com o produto. Perguntei para os funcionários como eles faziam e trouxe o modelo para o Brasil”, diz.
Quatro meses depois, ele inaugurou a primeira unidade, em Jundiaí (58 km a noroeste de São Paulo), onde também administra uma lanchonete que herdou do avô. Seis meses depois, abriu a segunda loja, também em Jundiaí, e diante dos pedidos de clientes para levar o negócio a outras cidades, resolveu expandir por meio de franquias a partir de janeiro de 2014.
Operação simples permite despesa baixa e preço popular
A rede vende batatas fritas em cones com nove opções de molho como cortesia (maionese, catchup, mostarda, rosé, barbecue, tártaro, picles, mostarda com mel e maionese com azeitonas) e três coberturas que custam R$ 1,50 cada (cheddar, requeijão e queijo ralado). O cone pequeno custa R$ 5 e o médio, R$ 7. Também são vendidas bebidas.
As batatas têm um corte mais grosso e não são congeladas antes de fritar, o que acentua o seu sabor, segundo Machado. Fora isso, não há nada de excepcional no processo de preparo – sem óleo especial ou fritadeira de alta tecnologia, por exemplo. “Desde o começo, a ideia foi fazer pouco, mas bem feito. Assim, temos menos estoque e uma operação mais simples de gerenciar”, afirma.
O público-alvo é da classe C e as lojas são muito frequentadas por jovens, segundo Machado. “Tem a característica de lanche rápido, aquela pessoa que saiu do trabalho e está indo para a faculdade, por exemplo. Por isso, o ponto comercial precisa ser num local de grande fluxo de pedestres.”
Além das nove unidades em funcionamento, há mais oito franquias vendidas em fase de instalação. A meta para 2015 é vender três unidades por mês, segundo o empresário. Na capital paulista, há duas unidades em operação, ambas na zona leste: uma em Itaquera, outra em São Miguel Paulista.
Simplicidade é ponto forte, mas facilita cópias, diz consultora
Para a consultora de franquias Angelina Stockler, da consultoria BaStockler, a simplicidade é o ponto forte do negócio. “A batata frita é uma unanimidade entre adultos e crianças. Mesmo quem leva uma vida saudável acaba se permitindo de vez em quando. O preço do produto é acessível e é prático de comer”, declara.
Por outro lado, essa simplicidade também acaba facilitando cópias, segundo ela, que alerta para a importância do ponto comercial na atração de um grande volume de clientes. “Como o produto é barato, o empresário ganha no volume de vendas. Tem que vender muito e procurar sempre se reinventar para estar à frente da concorrência, pensando em novos sabores de molhos ou formatos para a batata, por exemplo.”
Apostar na origem belga da batata frita no nome como apelo de marketing também funciona, segundo a consultora. “Contar uma história ajuda a despertar curiosidade para o produto”, declara.
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