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Hoje bilionário, criador da Wise Up começou no cheque especial; veja dicas

Afonso Ferreira

Do UOL, em São Paulo

06/02/2015 06h00

Abrir uma escola de idiomas sem saber falar inglês parece algo improvável, mas não para o empresário Flávio Augusto da Silva, 42, fundador da Wise Up. O negócio iniciado em 1995 com R$ 20 mil de cheque especial foi vendido em 2013 por R$ 877 milhões para a Abril Educação. A venda o levou à lista de bilionários brasileiros da revista “Forbes” em 2014, com patrimônio avaliado em R$ 1,04 bilhão.

Flavio Augusto, fundador da rede Wise Up, durante palestra na Campus Party 2015 - Afonso Ferreira/UOL - Afonso Ferreira/UOL
Flavio Augusto, fundador da rede Wise Up, durante palestra na Campus Party 2015
Imagem: Afonso Ferreira/UOL

No mesmo ano em que vendeu a rede da Wise Up, o empresário comprou um clube de futebol nos Estados Unidos, o Orlando City. O investimento foi de US$ 110 milhões (cerca de R$ 300 milhões) e inclui a construção de um estádio em parceria com a prefeitura local.

No ano passado, o clube anunciou a contratação do meio-campo Kaká e, antes mesmo de estrear na liga principal do país, o time já é avaliado em US$ 325 milhões (quase R$ 900 milhões), segundo o empresário.

Há seis meses, o empreendedor abriu mais uma empresa, o MeuSucesso.com, um site de cursos online sobre negócios. Em 38 dias no ar, a start-up já havia faturado o primeiro milhão, vendendo assinaturas anuais de R$ 780.

Silva também é admirado por jovens empreendedores. Seu canal na internet, o Geração de Valor, tem 2,3 milhões de curtidas no Facebook. Para compartilhar seu conhecimento no mundo dos negócios com os fãs, o empresário foi um dos palestrantes desta quarta-feira (4) na Campus Party, evento de tecnologia e empreendedorismo realizado em São Paulo.

Durante sua apresentação, Silva disse que empreender depende de três elementos básicos: visão, coragem e competência. “Os três devem estar interligados e, na falta de um, o negócio pode não dar certo.”

Veja abaixo cinco dicas do empresário para criar um negócio de sucesso.

1. Veja o que os outros não veem
Veja o que os outros não veem - Dronestagram - Dronestagram
Imagem: Dronestagram

Para Silva, um empreendedor de sucesso tem visão de negócio, ou seja, a capacidade de enxergar tendências ou oportunidades em um mercado. “O visionário vê a onda chegando e já pega a prancha para surfar nela. Ele se antecipa aos demais”, disse.

2. Tenha coragem para correr riscos
Tenha coragem para assumir riscos - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

Segundo o empresário, nenhum negócio sai do papel se o empreendedor não tiver coragem. Ele diz que o medo é uma barreira maior do que a falta de capital para abrir a empresa. “Quem tem coragem arruma dinheiro emprestado e faz acontecer”, afirma.

3. Una execução à gestão do negócio
Una execução com gestão - Shutterstock - Shutterstock
Imagem: Shutterstock

Aliar conhecimento técnico no ramo de atuação a práticas de gestão é fundamental para o sucesso do negócio, diz Silva. Para ele, de nada adianta saber programar se a empresa não souber vender o produto ou gerir o caixa. “Será preciso montar uma equipe capaz de executar a ideia e encontrar um sócio com características complementares.”

4. Faça a empresa ser independente
4. Faça a empresa ser independente - Shutterstock - Shutterstock
Imagem: Shutterstock

Silva afirma que o negócio deve andar com as próprias pernas, sem depender da presença do fundador. Quando isso acontece, é sinal de que a empresa está madura, o que aumenta seu valor e credibilidade no mercado. “Chega uma hora em que o negócio está pronto para decolar e a presença do fundador atrapalha, muitas vezes, por medo de perder o controle”, declara.

5. Não deixe o sucesso subir à cabeça
Como ser um líder inspirador e eficaz - Shutterstock - Shutterstock
Imagem: Shutterstock

Manter a essência é um dos grandes desafios do empreendedor, segundo Silva. Para ele, é muito fácil se enganar e perder o foco quando a empresa dá lucro e a conta bancária aumenta. “Nunca se esqueça de quem você é. Eu sou a mesma pessoa que pegava trem lotado todos os dias para trabalhar. Não é minha conta bancária que determina meu valor ou quem eu sou.”