Poupança, renda fixa, dólar, ações: saiba onde investir seu dinheiro agora
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Sophia Camargo
Colaboração para o UOL, em São Paulo
21/10/2015 20h22Atualizada em 21/10/2015 20h22
Com os juros no atual nível, quem tem dinheiro para investir deve dar preferência à renda fixa, recomendam especialistas.
Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da TOV Corretora, afirma que o cenário está bastante positivo para aplicações em renda fixa e muito incerto para o mercado de ações.
"Recomendo que o investidor evite o crédito privado (como CDB e LCIs, por exemplo) e dê preferência para os títulos do Tesouro Direto", diz.
Para Paulo Figueiredo, diretor de operações da FN Capital, uma taxa de juros alta torna a renda fixa muito atraente, especialmente os títulos do Tesouro que pagam uma remuneração atrelada à taxa Selic.
Leandro Martins, estrategista da Rico Corretora, aconselha a compra de ações apenas quando o Ibovespa ultrapassar os 50 mil pontos (o indicador fechou em 47.025,87 pontos nesta quarta-feira). "Enquanto isso, é melhor aguardar."
Veja, a seguir, mais dicas dos especialistas:
Poupança deve ser evitada
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Com alta dos juros, perde competitividade diante dos fundos de renda fixa, até mesmo daqueles que têm altas taxas de administração, acima de 1%
Paga rendimento fixo de 0,5% ao mês mais TR. Por isso, não tira proveito da alta dos juros
Aplicação só é melhor do que manter o dinheiro na conta-corrente; perde para todos os demais investimentos em renda fixa
Tesouro Selic, que acompanha a alta dos juros, é aplicação mais recomendada
Não sofre com a marcação a mercado, que altera o preço do papel diariamente para baixo ou para cima
Como sempre tem uma rentabilidade positiva, é indicado para o dinheiro de mais curto prazo
Tesouro IPCA+, indexados à inflação, é opção para se proteger do custo de vida e garantir juro prefixado
Tesouro Prefixado, cuja rentabilidade já é conhecida do investidor no momento da compra, é opção para diversificar
No Tesouro IPCA e Prefixado, preste atenção ao prazo de vencimento. Quem tirar o dinheiro antes pode perder rendimento
Silveira sugere colocar 40% em Selic e o restante dividir entre Prefixado e IPCA +
LCAs e LCIs são isentas de IR
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A maior vantagem é a isenção de IR
Desvantagem: manutenção do dinheiro aplicado por um período (em geral, três meses)
Está difícil encontrar papéis para aplicar, por causa da retração do mercado imobiliário e possibilidade de tributação
Figueiredo e Martins recomendam papéis que paguem pelo menos 95% do CDI
Silveira desaconselha o investimento, pois o mercado imobiliário está "derretendo"
CDBs: bancos menores pagam mais
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Melhor optar pelos pós-fixados, para acompanhar a alta dos juros
Ideal é que a aplicação pague acima de 105% do CDI; há bancos que pagam até 120% do CDI
Bancos maiores costumam pagar entre 85% e 90% do CDI; nesse caso, rendimento é inferior ao do Tesouro Direto
Para obter mais rentabilidade, procure bancos menores. Para aceitar esse risco, é aconselhável limitar o valor do investimento a R$ 250 mil, atual garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC)
Bolsa: investimento de longo prazo
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Para quem não conhece o mercado, não é hora de entrar
Para quem quer investir no longo prazo, para além de 2017, especialistas dizem que há empresas baratas e com bons fundamentos
Sugestão de investimento: bancos, grandes exportadoras, siderúrgicas, seguradoras
Dólar: só compre se tiver despesas na moeda
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Quem tem gastos já programados em dólar, como estudos ou viagens, pode ir comprando a moeda aos poucos, para fazer um preço médio
Se a viagem estiver próxima, terá de comprar de uma vez para não correr riscos
Para quem quer investir, há opções como fundos cambiais e fundos nacionais que aplicam na moeda estrangeira
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