IPCA
0,83 Mai.2024
Topo

Essa ação de supermercado está barata e pode dobrar de valor, diz banco

Lílian Cunha

Colaboração para o UOL, em São Paulo

28/06/2022 12h31

Depois de o Itaú BBA retomar a cobertura do papel e estimar ganhos de 98% em 12 meses, as ações do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) abriram o dia em alta e, por volta das 11h20 desta terça-feira (28), tinham alta de 5,05%, cotadas a R$ 17,25.

O papel era, no horário, o mais valorizado do dia. A última vez que isso aconteceu foi em 2 de maio, quando circularam boatos - até agora não confirmados - de que o empresário Abílio Diniz, terceiro maior acionista mundial do Carrefour, estaria de olho no concorrente, o Pão de Açúcar, do qual foi fundador e presidente.

Desde o início do ano, as ações caíram 18,37%. Já hoje, o papel se valoriza após o BBA retomar cobertura do ativo e recomenda a compra, com preço alvo de R$ 32 - uma alta potencial de 94,88% sobre o último fechamento. Ou seja, a ação está barata e tem chance de praticamente dobrar de valor.

Para o banco, o fato de o grupo dar mais atenção para o público consumidor de maior poder aquisitivo é um dos pontos positivos da empresa. Isso porque, no ano passado, o Grupo anunciou que irá desativar a marca Extra Hiper - que tinha 103 lojas, das quais 71 vão virar atacarejos do Assaí e as demais vão ser transformadas em supermercados.

"A descontinuidade da divisão hiper nas operações do GPA marcou o início de um novo ciclo para o grupo, com foco na melhoria do posicionamento de seu negócio principal de varejo alimentar premium", destacou o banco, em seu relatório.

Essa estratégia, diz o BBA, melhora a receita da bandeira Pão de Açúcar, acelera a abertura de lojas e reforça a estratégia de atuação em vários canais de venda.

O risco das ações está na venda da operação Extra que envolve possíveis provisões trabalhistas.

Nos últimos 30 dias, a ação teve desvalorização de 16% por conta da inflação e de juros altos, o que leva a uma perda acumulada de 59% em 12 meses.

O GPA não foi o único a sofrer com inflação, O Grupo Mateus (GMAT3), com supermercados nos estados do Maranhão, Pará, Piauí, Ceará, Bahia, Pernambuco e Sergipe, também teve baixa acumulada no ano de 40,45%. Outros concorrentes, porém, estão no positivo. O Carrefour Brasil, dono da rede Atacadão, valorizou 14,53% este ano. E o Assaí (ASAI3) subiu 15,72%. As duas empresas concorrentes se beneficiam por ter maior foco no canal atacarejo, que vem sendo um refúgio dos consumidores contra a alta de preços.

Mesmo assim, Pedro Galdi, da Mirae Asset, concorda com os pontos levantados pelo Itaú BBA. "Com certeza a ação sobe com o relatório", diz ele, sobre GPA. No longo prazo, ele também acredita em valorização do ativo.

Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.