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Veja quais ações subiram na Bolsa desde o corte da Selic

Das 85 ações do Ibovespa, só 15 estão em alta desde que o BC cortou a Selic. Essas empresas estão se beneficiando de custos mais baixos, lucros maiores e alta do dólar. As ações em alta, porém, não têm força para fazer o Ibovespa subir pois representam apenas 4,73% de todo o índice.

A Bolsa, porém, está em queda no mês. São 12 pregões seguidos de queda desde o começo do mês, quando o Banco Central cortou a Selic em 0,50 ponto percentual para 13,25%. Em agosto, já perdeu 4,36% de valor. No ano, porém, ainda está em alta, de 5,34%.

Quais ações subiram

  1. Alpargatas (ALPA4) 11,43%
  2. BRF (BRFS3) 8,78%
  3. Hapvida (HAPV3) 8,66%
  4. São Martinho (SMTO3) 7,86%
  5. TIM (TIMS3) 4,13%
  6. BB Seguridade (BBSE3) 3,93%
  7. Eztec (EZTC3) 3,78%
  8. Copel (CPLE6) 3,04%
  9. Vibra (VBBR3) 2,32%
  10. Sabesp (SBSP3) 2,18%
  11. Natura (NTCO3) 1,63%
  12. Marfrig (MRFG3) 1,05%
  13. Suzano (SUZB3) 0,81%
  14. Arezzo (ARZZ3) 0,15%
  15. Yduqs (YDUQ3) 0,05%

Fonte: Economatica, de 3 de agosto a 16 de agosto

O que ajuda essas empresas a subir

A Bolsa estava em queda porque os investidores decidiram que era hora de vender. Já no final de março, investidores começaram a comprar ações que poderiam se beneficiar de uma eventual queda nos juros - o que aconteceu agora em agosto. Assim, os investidores decidiram que era hora de vender as ações e embolsar o lucro que tiveram até então, explica Paulo Luives, especialista da Valor Investimentos. "O mercado sempre faz isso: sobe no boato e vende no fato", explica André Sanson, diretor de gestão de ativos da TM3 Capital, de Curitiba.

O capital estrangeiro também foi embora. A desaceleração da economia chinesa e o rebaixamento do Estados Unidos afastam os investidores do mercado de ações no mundo todo.

Alpargatas: A fabricante dos chinelos Havaianas sobe como reflexo de uma oferta pública de aquisição (OPA) de 32 milhões de ações preferenciais em maio. Ela comprou por R$ 10,50 os papéis, com um prêmio de 17,2% na época.

BRF: A queda no preço do milho e da soja ajuda a empresa. A supersafra desses grãos aumentou a oferta e baixou o preço desses dois produtos que representam o maior gasto da empresa, já que são o alimento dos frangos que produz. O mesmo fator ajudou a Marfrig, além da alta do dólar, que melhora suas receitas.

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Suzano: A empresa exporta papel e celulose e se beneficia quando o dólar sobe.

Hapvida: A operadora de saúde teve no segundo trimestre de 2023 uma melhora nas margens. Além disso, 0,5% menos clientes usaram o seguro-saúde no período, em comparação com o ano passado.

São Martinho: O preço do açúcar subiu 15% no mundo. Isso faz a empresa produtora de açúcar e álcool ganhar mais.

TIM: O lucro da empresa de telefonia dobrou, para R$ 638 milhões, em relação ao ano passado.

BB Seguridade: Normalmente, seguradoras ganham com juros altos. Como corte da Selic, a BB Seguridade tem menor retorno sobre o dinheiro que os clientes pagam. "A alta de BB Seguridade foi um ajuste técnico, após o ativo cair quase 20% entre meados de abril e final de junho", explica Leandro Petrokas, diretor de pesquisa e sócio da Quantzed.

Copel e Sabesp: A privatização ajudou as duas empresas. A da Copel foi realizada no dia 12. A da Sabesp ainda pode acontecer.

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Eztec e Arezzo: Construtoras e varejistas voltadas para as classes mais altas se beneficiam dos efeitos do corte nos juros.

Vibra: A distribuidora de combustíveis teve um segundo trimestre bem difícil mas o horizonte é bom. Os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização caiu 43% no ano, para R$ 910 milhões. Mas o esforço renegociar margens e substituir produtos importados por fontes nacionais - além da alta do petróleo - prometem maiores ganhos para a empresa nos meses seguintes.

Yduqs: A retomada do financiamento estudantil pelo governo ajuda a companhia. Ela é a melhor colocada do setor, com menos dívidas, dizem os especialistas.

Natura: A fabricante de cosméticos diminuiu seu prejuízo em 4,6%.

Em quais ainda vale investir?

São Martinho, Copel, Eztec, Vibra, Arezzo podem continuar se valorizando. É o que acredita Sanson. A alta nos preços de combustíveis vai ajudar Vibra e São Martinho. A privatização pode trazer ganhos para Copel, assim como Eztec e Arezzo ganham com a queda nos juros.

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Para a XP, São Martinho tem preço alvo de R$ 43,60, um potencial de alta de 25,58% até o fim do ano. A Arezzo, para XP, é uma boa compra. O preço atual de R$ 81,92 pode chegar a R$ 98, com ganhos de 19,63%.

A Mirae recomenda compra de Copel, com potencial de valorização de 5,7%. Para o BTG, EZTC3 tem recomendação de compra. Mas a XP diminuiu as recomendações de Eztec de compra para neutra, rebaixando o preço alvos de R$ 48 para R$ 22. O BTG acredita que o preço de Vibra passe dos atuais R$ 18,22 para R$ 28.

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