Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Como eu diversificaria meus investimentos e aplicaria R$ 10 mil
"Quanto dinheiro preciso para começar a investir?" Essa é uma das dúvidas mais comuns de todo investidor iniciante. A verdade é que com R$ 1 você já tem acesso a várias opções de ativos que rendem mais que a poupança (com os CDBs de liquidez diária dos bancos digitais). Porém, para quem deseja começar uma carteira com mais diversificação, rentabilidade e diversos ativos diferentes, é necessário um pouco mais de dinheiro.
Um exercício que gosto de fazer com meus alunos é simular o que eu faria se tivesse R$ 10 mil para investir. Atenção, não se trata de recomendação ou indicação de compra de ativos. O que você precisa entender é a lógica que existe por trás da composição de uma carteira de investimentos. Vou dividir esses R$ 10 mil em três partes. Uma parte para investimentos de renda fixa, a segunda para ações e a terceira para fundos imobiliários.
Primeira parte - Renda fixa
Separaria R$ 3.000 para investir em Tesouro Selic ou algum CDB de liquidez diária que renda pelo menos 100% do CDI. Esses investimentos são ideais para montar sua reserva de emergência (valor que fica separado para cobrir despesas não planejadas) e para objetivos de curto prazo.
Caso já tenha a reserva de emergência pronta, você pode buscar mais opções dentro da renda fixa como o Tesouro IPCA (ideal para o longo prazo) ou CDBs com vencimento mais longo. Essas opções têm mais rentabilidade, porém precisam imobilizar seu dinheiro por mais tempo.
Segunda parte - Ações
Eu investiria R$ 6.000 divididos em 3 grandes empresas da Bolsa, as grandes pagadoras de dividendos. Normalmente, esses tipos de empresa são menos voláteis e com menos riscos que empresas que estão em fase de crescimento.
Como essas corporações já atingiram uma boa fatia do mercado, não precisam investir tanto em seu crescimento e por esse motivo grande parte do lucro das operações pode ser distribuída aos acionistas. Exemplos de ações com essas características são os grandes bancos e empresas do setor elétrico.
Terceira Parte - Fundos imobiliários
Os últimos R$ 1.000, eu reservaria para investir em fundos imobiliários (FII). Os FIIs são ativos negociados na Bolsa que investem em imóveis. A vantagem deles é que têm menos volatilidade que as ações e, assim como imóveis que você compra e aluga para um inquilino, eles lhe pagam renda mensal. Alguns FIIs diversificam o dinheiro entre vários imóveis e vários inquilinos diferentes. Isso traz muito mais segurança para o investidor.
Antes de tomar qualquer decisão com seu dinheiro, estude muito bem cada ativo e tenha ciência dos riscos que eles possuem. Diversificar e entender os riscos é o primeiro passo para ter sucesso no longo prazo.
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