Data Com: garanta dividendos de Gerdau, BB Seguridade, Valid e Itaúsa

Para ter direito a receber os proventos destas empresas, é preciso manter as ações em carteira até o final do pregão da "data com". Essa é a data limite para garantir os dividendos anunciados pelas companhias.

Confira também as empresas que pagam proventos em agosto na Agenda de Dividendos do UOL.

Até quando investir nestas ações para garantir dividendos

Confira a lista de ações com "data com" entre 5 e 30 de agosto:

Klabin (KLBN3; KLBN4; KLBN11) - dividendos

Litel Participações (LTEL3B) - JCP

Totvs (TOTS3) - JCP

Eztec (EZTC3) - dividendos

Gerdau (GGBR3; GGBR4) - dividendos

Metalúrgica Gerdau (GOAU3; GOAU4) - dividendos

Valid (VLID3) - JCP

Cambuci (CAMB3) - dividendos

Cambuci (CAMB3) - JCP

Energisa (ENGI3; ENGI4; ENGI11) - dividendos

Kepler Weber (KEPL3) - JCP

Santos Brasil (STBP3) - dividendos e JCP

Vulcabras (VULC3) - dividendos

WLM Indústria (WLMM3; WLMM4) - JCP

Ânima Educação (ANIM3) - dividendos

BR Partners (BRBI3; BRBI4; BRBI11) - dividendos

Comgás (CGAS3; CGAS5) - dividendos

Fleury (FLRY3) - JCP

Lavvi (LAVV3) - dividendos

Ultrapar (UGPA3) - dividendos

Alupar (ALUP3; ALUP4; ALUP11) - dividendos

BB Seguridade (BBSE3) - dividendos

Banese (BGIP3; BGIP4) - JCP

JBS (JBSS3) - dividendos

Mills (MILS3) - dividendos e JCP

Vulcabras (VULC3) - dividendos

Alfa Holding (RPAD3) - dividendos

Syn Prop e Tech (SYNE3) - dividendos

Banco do Brasil (BBAS3) - dividendos e JCP

Petrobras (PETR3; PETR4) - dividendos e JCP

Petrobras (PETR3; PETR4) - dividendos

Engie (EGIE3) - dividendos

Grendene (GRND3) - dividendos

Mitre Realty (MTRE3) - dividendos

Cemig (CMIG3; CMIG4) - dividendos

Odontoprev (ODPV3) - dividendos

Banco do Nordeste (BNBR3) - JCP

Telefônica Brasil (VIVT3) - JCP

Cruzeiro do Sul (CSED3) - dividendos

Marcopolo (POMO3; POMO4) - dividendos e JCP

JHSF (JHSF3) - dividendos

Itaúsa (ITSA3; ITSA4) - JCP

Itaú (ITUB3; ITUB4) - JCP

Valid (VLID3) está no seu dia a dia e terá receita estável até 2032

Embora desconhecida, a Valid atua em segmentos importantes do nosso cotidiano. Ela faz emissão de documentos de identificação (RG, CNH, passaportes), de cartões bancários e pré-pagos, além de chips e e-SIMs.

No segmento de identificação, a companhia é líder de mercado, com 60% de participação na emissão de RGs e 80% na emissão de CNHs; Segundo Victor Bueno, sócio e analista da Nord Research, deve gerar receita relevante no segmento até 2032, dado que toda a população brasileira precisará emitir um novo documento, o CIN (Carteira de Identidade Nacional). Atualmente apenas 10% dos brasileiros tem esse documento.

Já os cartões de débito e crédito podem cair em desuso no futuro diante dos pagamentos por aproximação e novas tecnologias. Contudo, segundo Bueno, essa ainda é uma realidade distante no Brasil, porque pagamentos por aproximação são mais comuns apenas em grandes centros urbanos do país. Em contrapartida, ele reforça que a companhia vem deixando de atuar apenas com a emissão do chip do cartão para participar de toda a jornada de pagamentos. Em relação aos SIM cards, também há o risco de que possam deixar de existir no longo prazo, mas ela também fatura com os eSims, fazendo a pré-habilitação e cobrando a conexão das empresas de telecom.

A empresa não precisa fazer novos investimentos e o custo para manter a operação dela é baixo. Assim, consegue gerar uma caixa líquido muito interessante e ter recursos para pagar dividendos aos seus acionistas. Ela tem pago cerca de 50% do seu lucro em proventos nos últimos anos e esse patamar de distribuição deve permanecer, de acordo com o analista da Nord.

Apenas com dividendos regulares, ele projeta um dividend yield (retorno em proventos) de 10% para VLID3 nos próximos 12 meses. Mas há espaço para pagamentos extraordinários e um dividend yield maior, com um recurso de R$ 170 milhões que deve de entrar no caixa da empresa, após a venda de uma empresa na Irlanda.

Kepler Weber (KEPL3) tem oportunidade no agro

A Kepler Weber (KEPL3) atua com a fabricação e manutenção de silos para armazenagem de grãos. É uma companhia com forte participação de mercado, em torno de 40% no Brasil, destaca Gabriel Duarte, analista da Ticker Research, e com produtos de alta qualidade.

Ela também tem um produto com demanda alta: o Brasil tem déficit em armazenagem de grãos. Segundo Duarte, em outros países a armazenagem de grãos beira entre 30% e 60%, enquanto no Brasil não chega nem a 15%.

A Kepler Weber possui baixo custo de produção, custo reduzido com funcionários e não precisa fazer muitos investimentos. Isso favorece que os lucros acabem virando dividendos, destaca Duarte - ela se compromete a pagar cerca de 50% dos lucros. "A empresa paga dividendos trimestralmente e é interessante para uma estratégia de renda passiva", avalia o analista da Ticker.

Já em relação aos riscos de investimento, Duarte cita a exposição ao agronegócio. Cenários de quebra de safra podem acabar afetando as compras de silos, reduzindo a procura por parte dos produtores. Da mesma forma, programas de financiamento do governo para armazenagem podem acabar pressionando a procura dos silos, se o repasse dos valores for abaixo do esperado.

Duarte projeta um dividend yield de 8,4% para as ações KEPL3 nos próximos 12 meses.

Evite estes erros ao investir de olho em dividendos

Ignorar a "data com". O analista independente Ricardo Schweitzer diz que muitos investidores confundem o tempo que possuem as ações com o direito a receber os dividendos. A questão é que não importa se o investidor comprou a ação há três dias ou há 30 anos, se não tiver o papel na "data com" o provento vai para o novo dono. Se tiver a ação, ele receberá o dividendo.

Comprar uma ação na "data com" e vendê-la na "data ex". Investir com o intuito de caçar dividendos e vender a ação logo em seguida não é uma prática recomendada. Na verdade, o investidor está saindo no zero a zero, porque a ação perde o valor dos dividendos. "Se uma ação está negociada a R$ 10 na "data com" e distribui R$ 1 em dividendos, ela iniciará os negócios na "data ex" cotada a R$ 9. "Quem segue essa prática não gera valor algum", diz Schweitzer.

Achar que o desconto na "data ex" é prejuízo. Se o dividendo é descontado do preço da ação, será que vale a pena a estratégia? Schweitzer diz que esse desconto corresponde na verdade a uma parcela do fluxo de caixa da empresa. Em consequência, uma companhia com bons fundamentos vai continuar gerando caixa e valorizando no futuro. Além disso, os dividendos costumam representar dois terços do retorno total das ações no longo prazo.

Escolher uma ação apenas pelo dividendo. Os analistas recomendam olhar outros indicadores além dos pagamentos. É importante ver se a empresa consegue gerar caixa e acumular patrimônio, se precisa de novos investimentos para crescer, qual é o seu nível de endividamento e qual é o retorno que ela oferece, sobre o capital e sobre o patrimônio. Esses dados irão indicar se os dividendos são sustentáveis no longo prazo.