Bolsas caem pelo mundo; Europa tem piores índices em 19 meses
As principais Bolsas de Valores e índices regionais de ações do mundo tiveram forte queda nesta quinta-feira (20), depois que o Banco Central dos Estados Unidos, o Fed, anunciou que deve reduzir gradualmente seu programa de estímulos à economia. A Europa teve os piores índices em 19 meses. As Bolsas da Ásia também sofreram.
Os investidores temem o fim da ajuda do governo dos EUA à economia.
Atualmente, são injetados US$ 85 bilhões por mês nos mercados, por meio da compra de títulos. Essa medida garante uma grande circulação de dólares, e o fim do estímulo deixa investidores bastante apreensivos.
As Bolsas da Ásia foram as primeiras a sentir o impacto. Além do pronunciamento do presidente do Fed, a China anunciou uma diminuição do crédito, mesmo depois que sua atividade industrial registrou o menor nível em nove meses.
A Bolsa australiana tombou 2,12%, enquanto as ações sul coreanas caíram 2%, para o menor nível em sete meses. As ações em Hong Kong recuaram 2,88% e o mercado em Xangai perdeu 2,77%.
A Bolsa de Taiwan recuou 1,35%, enquanto Cingapura retrocedeu 2,51%. O índice Nikkei, do Japão, teve perdas um pouco menores, após notícias surpreendentemente otimistas sobre as exportações. O índice caiu 1,74%.
As Bolsas da Europa desabaram para seus menores níveis em 19 meses, também refletindo a preocupação dos investidores com a recuperação do crescimento global após a sinalização do BC dos EUA.
O índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações do continente, caiu 3,07%, para 1.143 pontos. A queda desta quinta-feira foi a mais forte desde novembro de 2011; apenas 17 das 601 ações listadas no índice STOXX Europe 600 tiveram alta, e todos os índices setoriais fecharam no vermelho.
Em Londres, o índice Financial Times recuou 2,98%. Em Frankfurt, o índice DAX caiu 3,28%. Em Paris, o índice CAC-40 teve baixa de 3,66%. Em Milão, o índice Ftse/Mib teve perdas de 3,09%. Em Madri, o índice Ibex-35 recuou 3,41%. Em Lisboa, o índice PSI20 desvalorizou-se 3,41%.
Preço das commodities também foi afetado
Os preços das commodities sofreram forte queda, e vários atingiram recordes de baixa. O ouro atingiu menor valor em dois anos e meio e o petróleo despencou 3%.
Os preços do cobre recuaram para os menores níveis em 20 meses, enquanto o alumínio e o níquel caíram para o menor nível em vários anos, por temores sobre uma desaceleração da atividade industrial na China, maior comprador mundial de metais.
Os mercados agrícolas tampouco foram poupados, com o milho, o trigo e a soja recuando, e o açúcar e o café atingindo novos recordes de baixa em anos.
(Com Reuters)
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