Empresas de Eike Batista têm dia maluco na Bolsa; ação cai quase 40%

As empresas do grupo EBX (OGX, MMX, MPX, OSX, LLX e CCX), do bilionário Eike Batista, tiveram um dia tenso na Bolsa de Valores. Enquanto a ação de uma empresa despencou mais de 40% no pregão, a OGX, maior empresa do grupo, subiu mais de 11%.

O maior tombo foi da empresa de mineração de carvão CCX, que despencou 37,5%. A ação fechou cotada a R$ 0,80, após o bilionário informar na véspera que não deve tirar a empresa da Bolsa por enquanto.

Já a empresa petrolífera do grupo, a OGX, teve alta de11,54%, cotada a R$ 0,87.

Com a ação negociada por menos de R$ 1, as oscilações são sempre intensas --cada centavo a mais ou a menos no preço da ação já é suficiente para fazê-la variar mais de 1%.

A empresa de logística LLX (LLXL3) fechou em alta de 9,71%, cotada a R$ 1,13; a da mineradora MMX (MMXM3) subiu 12%, a R$ 1,40.

A MPX (MPXE3), de energia, teve baixa de 0,71%, a R$ 8,44; e a OSX (OSXB3), de construção naval, recuou 5,95%, a R$ 1,74.

CCX tem maior queda

Em comunicado divulgado nesta quarta (19), a CCX alegou deterioração das condições do mercado. Segundo o documento, o executivo pode reavaliar a realização da oferta, caso as condições melhorem.

A empresa estreou na Bolsa em maio de 2012. Boatos de uma possível Oferta Pública de Aquisição de Ações (OPA) fizeram a ação disparar quase 45% em um único dia, em janeiro.

A data da oferta pública de ações (OPA) foi mudada três vezes desde a divulgação do edital pela primeira vez, em abril. Na terça-feira, havia sido estabelecida para 31 de julho.

O movimento de Eike para fechar o capital da CCX seguiu uma tentativa frustrada de uma operação semelhante pela LLX (LLXL3), empresa de logística do grupo, em setembro de 2012. O executivo desistiu da OPA após um laudo de avaliação ter sugerido preço acima do que ele oferecera.

(Com Reuters)