Dólar cai a R$ 2,245 após 5 altas, mas ainda sobe 4,5% na semana
O dólar comercial fechou em queda de 0,6%, a R$ 2,245 nesta sexta-feira (21), depois de cinco altas seguidas.
Apesar da baixa no dia, a cotação subiu 4,49% na semana, na segunda semana seguida de alta. No ano, o dólar já acumula ganhos de 9,59%.
Depois que a cotação chegou perto do nível de R$ 2,27, o Banco Central realizou um leilão equivalente à venda de dólares no futuro para segurar a alta da moeda norte-americana.
Foram negociados cerca de 37 mil contratos, por US$ 1,828 bilhão.
BC dos EUA tenta conter mercados
Os investidores do mundo todo ficaram alarmados depois que o presidente do Banco Central dos EUA, o Fed, Ben Bernanke, afirmou que a instituição pode reduzir seu estímulo à economia ainda neste ano.
Nesta sexta, o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, disse que acha que a sinalização do banco ocorreu na hora errada.
Bullard é membro com direito a voto do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), órgão que decide a questão.
A expectativa com o Fed tem gerado uma valorização global do dólar. Em relação ao real, só em cinco dias o dólar subiu quase 6%.
No entanto, analistas afirmavam que as declarações de Bullard não devem gerar uma alteração no fortalecimento do dólar.
"A tendência foi dada pelo (presidente do Fed, Ben) Bernanke. O mercado está reagindo à declaração do Bullard, mas não acho que ela seja o suficiente para reverter a situação", disse o estrategista-chefe do banco WestLB, Luciano Rostagno.
Outras intervenções
Depois que o dólar subiu 7% em maio, o Banco Central e o Ministério da Fazenda adotaram uma política mais agressiva para conter a alta da moeda. No dia 4 de junho, o governo zerou a alíquota de 6% sobre investimentos estrangeiros em renda fixa, tentando atrair capital externo para o país.
Na semana passada, foram feitos quatro leilões de venda de dólares, dois na segunda-feira e dois na terça. Quando o BC vende dólares, a intenção é que o excesso de oferta faça a cotação da moeda cair. Por outro lado, quando quer que ela suba, o BC compra dólares no mercado.
Apesar das medidas, na quarta-feira o dólar atingiu o nível de R$ 2,15 pela primeira vez em mais de quatro anos. Depois do fechamento do mercado, o BC anunciou, então, mais uma medida: zerou a alíquota de 1% do imposto sobre operações de venda de dólares no mercado futuro.
Nesta semana, mais leilões de venda de dólares: na segunda-feira, a operação movimentou US$ 1,9 bilhão, e, na terça, US$ 3,4 bilhões foram negociados em outros dois leilões.
(Com Reuters)
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