Dólar sobe 0,75%, cotado a R$ 2,355, maior valor em três meses
O dólar comercial fechou em alta de 0,75% nesta segunda-feira (2), a R$ 2,355 na venda. Foi o maior valor de fechamento desde 4 de setembro, quando a moeda norte-americana fechou a R$ 2,357.
Os investidores estavam pessimistas com a situação fiscal brasileira. O Banco Central divulgou, na última sexta-feira (29), os dados de outubro da economia para pagar dívida.
De acordo com o BC, entre janeiro e outubro foram economizados R$ 51,2 bilhões, o equivalente a 1,3% do Produto Interno Bruto.
Foi o pior resultado em 15 anos. Como proporção da economia do país, o último resultado inferior para o período foi o 0,5% do PIB obtido em 1998, quando o país caminhava para um colapso da política econômica.
No contexto internacional, dados sobre o crescimento da indústria nos Estados Unidos deixaram os investidores receosos de que o Fed (banco central norte-americano) comece a reduzir seus estímulos econômicos antes do esperado. O Fed injeta US$ 85 bilhões por mês na economia do país.
O crescimento da indústria manufatureira dos EUA se recuperou em novembro da mínima em um ano, enquanto a produção da fabril expandiu no ritmo mais rápido em 20 meses, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).
Atuação do BC no mercado de dólar
O Banco Central manteve seu programa de intervenções diárias no mercado de câmbio nesta segunda.
Foram vendidos 5.000 contratos de swap cambial tradicional (equivalente à venda de dólares no mercado futuro) com vencimento em 5 de março de 2014 e 5.000 contratos com vencimento em 2 de junho de 2014. A operação movimentou US$ 497,3 milhões.
De segunda a quinta, são realizados leilões equivalentes à venda de dólares no mercado futuro; às sextas, são feitos leilões de venda de dólares com compromisso de recompra.
Fim do estímulo nos EUA preocupa investidores no mundo todo
Nos últimos meses, os investidores estão preocupados com a recuperação da economia dos Estados Unidos. Com sinais de que o país está superando a crise, o banco central do país começou a avaliar uma redução em seu programa de estímulos.
Atualmente, o Fed injeta US$ 85 bilhões nos mercados, em um programa conhecido como QE3. O BC americano tem utilizado uma ferramenta clássica de política econômica para fazer essa injeção de recursos: a compra de títulos públicos (pedaços da dívida estatal, vendidos pelo Tesouro dos EUA) em mãos de investidores e bancos.
Sem essa enxurrada de dólares e com juros mais altos nos EUA, os investidores tendem a preferir opções consideradas mais seguras, e tirar recursos de países emergentes.
Dólares baratos que alimentaram um boom no Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul na última década diminuíram desde que o Fed alertou, em maio, sobre a redução do esquema de compra de títulos dos EUA.
(Com Reuters)
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