Na reta final da eleição, dólar sobe a R$ 2,51 e tem maior nível desde 2005
O dólar comercial fechou em alta de 1,35%, a R$ 2,514 na venda nesta quinta-feira (23). É o maior valor de fechamento desde 29 de abril de 2005, quando ficou em R$ 2,528.
Esta já é a quarta alta seguida da moeda, fazendo com que o ganho acumulado na semana até agora chegue a 3,34%. No ano, o dólar acumula valorização de 6,63%.
Foco nas eleições
Os investidores estavam na defensiva na penúltima sessão antes do segundo turno das eleições presidenciais.
"O mercado não sabe para onde atirar agora nesses últimos dias antes das eleições", disse o operador de câmbio da corretora Intercam Glauber Romano à Reuters.
A alta do dia ocorreu em meio a expectativas de que Dilma Rousseff (PT) poderia aparecer à frente de Aécio Neves (PSDB) nas próximas pesquisas eleitorais.
Depois do fechamento, foram divulgadas pesquisas dos institutos Datafolha e Ibope que confirmaram as expectativas dos investidores, mostrando Dilma na liderança contra o tucano, fora da margem de erro.
Segundo o Ibope, a presidente Dilma Rousseff (PT) teria 54% das intenções de voto contra 46% de Aécio Neves (PSDB), considerando apenas os votos válidos.
Para o Datafolha, Dilma tem 53% das intenções de votos, enquanto Aécio tem 47%, também considerando apenas os votos válidos. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
Bolsa passa a cair no ano
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda de 3,24%, aos 50.713,26 pontos. É a menor pontuação final diária desde 15 de abril (50.454,35 pontos).
É o quarto dia seguido que a Bolsa fecha no vermelho; neste período, a baixa acumulada é de 8,99%. Com o resultado, a Bolsa anula a alta que acumulava no ano até agora (que na véspera era de 1,75%) e passa a ter queda de 1,54%.
Intervenções no mercado de câmbio
O BC manteve seu programa de intervenções diárias, com as novas regras anunciadas em junho, vendendo os 4.000 novos contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) ofertados.
Foram vendidos 300 contratos com vencimento em 1º de junho de 2015 e outros 3.700 com vencimento em 1º de setembro do ano que vem. A operação movimentou o equivalente a US$ 196,5 milhões.
O BC também fez mais um leilão para rolar os contratos de swap que vencem em 3 de novembro. Foram vendidos 2.000 contratos para 3 de agosto de 2015 e 6.000 para 1º de outubro de 2015, com volume correspondente a US$ 392,6 milhões.
Ao todo, o BC já rolou o equivalente a US$ 6,686 bilhões, ou cerca de 76% do lote total do mês que vem, que corresponde a US$ 8,84 bilhões.
(Com Reuters)
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