Dólar sobe após duas quedas seguidas e volta a fechar acima de R$ 4
Em dia de sobe e desce, o dólar comercial fechou esta quinta-feira (1º) em alta de 0,93%, valendo R$ R$ 4,002 na venda.
O dólar tinha caído nas última duas sessões; na véspera, teve perda de 2,31%.
Os investidores estão adotando posturas mais defensivas em meio às incertezas políticas e econômicas do país.
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Incerteza política
O nervosismo nesta sessão foi ampliado com a notícia de que o Congresso adiou para a próxima terça-feira a análise dos vetos presidenciais, que têm impacto sobre o reequilíbrio das contas públicas. Os atritos entre o Legislativo e o Executivo têm deixado o mercado nervoso, principalmente em meio aos esforços da oposição pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff.
"O clima político segue ruim, apesar da reforma de Dilma", escreveram analistas da Guide Investimentos em nota a clientes, referindo-se à expectativa de que o atual ministro da Defesa, Jacques Wagner, assuma a Casa Civil no lugar de Aloizio Mercadante, com esperanças de suavizar a relação com o Congresso.
A reforma ministerial deve ser divulgada nesta sexta-feira.
Atuações do BC
O Banco Central reagiu às turbulências recentes reforçando sua intervenção no câmbio com leilões de venda de dólares com compromisso de recompra, conhecidos como leilões de linha, e de novos swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Neste pregão e no da véspera, no entanto, não fez nenhum leilão de linha.
O BC vendeu a oferta total de até 10.275 swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares) no primeiro leilão para rolagem do lote que vence em novembro. Foram vendidos 6.000 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 4.275 contratos para 1º de março de 2016, com volume equivalente a US$ 510,9 milhões. Isso representa 5% dos contratos que vencem em novembro, que correspondem a US$ 10,278 bilhões.
Se mantiver esse montante e vender sempre a oferta total, realizando leilões até o penúltimo pregão de outubro, o BC vai rolar integralmente o lote do mês que vem, como fez nos últimos dois meses.
Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.
"O BC demonstrou que está monitorando o mercado. Isso dá alguma segurança, mas não resolve todos os problemas políticos e econômicos", disse o operador de uma corretora nacional à agência de notícias Reuters.
(Com Reuters)
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