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Dólar sobe mais de 1% e fecha perto de R$ 3,70, com política e ação do BC

Do UOL, em São Paulo

07/04/2016 17h09Atualizada em 07/04/2016 17h29

O dólar comercial fechou esta quinta-feira (7) em alta de 1,33%, a R$ 3,694 na venda. É o maior valor de fechamento desde 16 de março, quando a moeda havia encerrado o dia a R$ 3,739. 

Na semana, o dólar acumula alta de 3,68% e, no mês, valorização de 2,71%. No ano, no entanto, tem queda de 6,44%. 

Na véspera, o dólar havia caído 0,97%. 

Contexto político  

Investidores continuavam atentos ao cenário político brasileiro. Nos últimos dias, cresceu a percepção de que uma eventual troca no governo está longe de ser uma certeza. Muitos analistas acreditam que a saída da presidente Dilma Rousseff poderia atrair investidores para o Brasil.

O noticiário político nesta sessão foi descrito como misto por operadores. Continuava elevada a dúvida sobre a possibilidade do impeachment, mas também repercutiu positivamente notícia da “Folha” dizendo que a empreiteira Andrade Gutierrez afirmou ter feito doações ilegais para as campanhas de Dilma em 2010 e 2014.

"A batalha política continua e as atenções dos agentes estão voltadas para os novos desdobramentos políticos", escreveram analistas da corretora Guide Investimentos em nota a clientes.

Pesquisa da agência de notícias Reuters com 28 estrategistas mostrou que o dólar deve subir a R$ 4,025 em 12 meses.

Ações do BC

As ações do Banco Central no mercado de câmbio também influenciaram o movimento do dólar.

O BC fez seu terceiro leilão de swap reverso (equivalente à compra futura de dólares) neste mês, mas vendeu apenas 8.500 dos 20 mil contratos ofertados.

O BC também deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais tradicionais (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem no mês que vem, vendendo a oferta de até 5.500 contratos. 

Cenário internacional

No mercado externo, investidores evitavam colocar dinheiro em negócios de maior risco, diante de preocupações com a economia mundial e do tombo dos preços do petróleo.

Três autoridades do Banco Central Europeu (BCE), incluindo o presidente Mario Draghi, reforçaram a preocupação com o cenário global.